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Logística faz exportação de soja recuar 42% no trimestre em Mato Grosso

Ritmo diminuiu também por tempo gasto para escoar milho


Ritmo diminuiu influenciado também por maior tempo gasto para escoar milho

Os problemas logísticos para escoar a produção brasileira de grãos, associado a uma super safra agrícola, influenciaram o desempenho das exportações da soja mato-grossense no primeiro trimestre do ano. Com um ritmo mais lento, as vendas ao mercado internacional recuaram 42%, passando de 3,3 milhões de toneladas (igual período de 2012) para 1,9 milhão de toneladas, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).


Nesta temporada o maior produtor brasileiro de soja – Mato Grosso – produziu 23,5 milhões de toneladas da oleaginosa. Por outro lado, explica Ângelo Ozelame, analista de mercado do Imea, o maior tempo gasto para escoamento também o milho do estado também interferiu na velocidade de venda da soja. Na prática, foram necessários mais meses para também escoar o cereal colhido ainda em 2011/12, quando foram mais de 15 milhões de toneladas produzidos.

“Entramos janeiro, fevereiro e março com o milho ainda sendo exportado. Com os problemas logísticos e uma alta produção, nossas exportações foram menores”, frisou Ozelame ao Agrodebate.

Somente em março o estado embarcou 1,4 milhão de toneladas, patamar 208% superior ao verificado em fevereiro, mas 35% menor frente a março de 2012. A China mantêm-se na posição de principal importadora do produto, absorvendo 972 mil toneladas, equivalente a 66% de toda a soja oriunda de Mato Grosso exportada no período.


Por outro lado, Ozelame frisa que mesmo inferiores à média do período, a tendência é que as exportações retomem o comportamento de normalidade nos próximos meses, à medida que a produção é escoada.

“Com a saída do milho a tendência é aumentar a exportação de soja em decorrência também das falhas logísticas que começam a melhorar”, considerou o analista.

Além da China, Espanha, Vietnã, Holanda e Taiwã foram os principais destinos para a soja mato-grossense nos últimos meses.

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