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Lula trata de OMC, energia e agricultura em viagem à África

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia segunda-feira sua sétima viagem à África desde que assumiu em 2003


Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia segunda-feira (15-10) sua sétima viagem à África desde que assumiu em 2003, em um novo esforço para consolidar a presença econômica, comercial e política do Brasil no continente. Lula visitará Burkina Faso, Congo, África do Sul e Angola, onde assinará acordos de cooperação em energia, saúde e agricultura, e reafirmará o papel central que a África ocupa na política exterior do Brasil.

Em Pretória, Lula participará do Foro de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul, no qual tratará com seu colega sul-africano e o primeiro-ministro indiano o momento crucial das negociações globais de comércio, com os Estados Unidos e a Europa aumentando a pressão por concessões dos países emergentes. O Foro, que reúne as três grandes democracias do mundo em desenvolvimento, foi criado em 2003 para promover um acordo político trilateral e fortalecer a voz dos países do sul em âmbitos como as Nações Unidas.

Com a nova viagem, Lula terá visitado 19 países africanos desde que assumiu a presidência em janeiro de 2003 e estabeleceu como prioridade estreitar relações com países em desenvolvimento, embora sem deixar de lado os tradicionais vínculos com Estados Unidos e Europa.

"Da relação com a África faz parte a própria composição da cultura e da identidade nacional brasileira", disse quinta-feira a jornalistas Roberto Jaguaribe, subsecretário geral do ministério das Relações Exteriores. O Brasil expandiu em mais de três vezes o seu comércio com a África desde 2003, e as maiores empresas do país, como a Petrobras e a Vale do Rio Doce aumentaram sua presença em países como Angola, Nigéria e Moçambique.

Em Burkina Faso, Lula assinará um acordo para impulsionar o vital cultivo do algodão no país, enquanto no Congo promoverá a participação de empresas brasileiras no setor petrolífero, além de promover a expansão dos biocombustíveis.

"A África tem uma vasta fronteira agrícola a ser superada. Pode ganhar muito com a expansão da energia renovável", disse Jaguaribe. O diplomata mencionou que existem "enormes oportunidades comerciais" para empresas brasileiras de setores como têxteis e de produtos de consumo de massa, especialmente nos países africanos de língua portuguesa. Lula viaja à África acompanhado por vários de seus ministros e por uma delegação de empresários.

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