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Maggi prevê pequena retomada da soja no MT

Na safra 2006/07 o MT plantou 5,12 milhões de ha, 17% menos que a anterior


As recentes altas da soja na bolsa de Chicago amenizam o efeito da valorização do real em relação ao dólar, mas ainda não o suficiente para animar o produtor do Mato Grosso a ampliar de forma significativa o plantio da oleaginosa na próxima safra, a 2007/08. A avaliação é do governador do Estado, Blairo Maggi, também ele produtor de soja. "Por enquanto a intenção dos produtores é manter as áreas que estão cultivadas (...) Pode ter uma retomada pequena de áreas que ficaram para trás nesses anos, que não foram plantadas. Mas voltar àquele ritmo que nós tínhamos antes, de incorporar um milhão de hectares por ano, não acredito". Na safra 2006/07, o Mato Grosso plantou 5,124 milhões de hectares de soja, 17,3% menos que na safra anterior, segundo a Conab.

De acordo com Maggi, o maior problema no Mato Grosso é o endividamento dos produtores, situação agravada pela desvalorização do dólar ante o real, que reduziu as receitas do setor na moeda brasileira. Nesse quadro, diz, o dinheiro que os produtores ganharam terá de ser usado "nos próximos anos para pagar as contas que estão aí na praça". Ele diz que se a soja não tivesse subido em Chicago, "o prejuízo seria maior, mas não há um ganho em reais como havia há três, quatro anos". E Maggi recomenda: é preciso "aproveitar o momento do mercado bom, fazer caixa, acertar contas, para, lá na frente, sair para uma outra situação". Na avaliação de Maggi, não há desânimo por parte dos produtores, mas realismo. "Acho que é ser pé no chão mesmo, saber que não se pode fazer tudo alavancado, (...) sob a pena de perder um trabalho de 20 anos".

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