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Mahindra prevê ampliar produção de tratores em Dois Irmãos

Operação brasileira da marca fabricará novos modelos


Operação brasileira da marca fabricará novos modelos, contratará mais funcionários e projeta ficar entre as três maiores no prazo de cinco anos

O grupo Mahindra assume as operações da fábrica de tratores da marca em Dois Irmãos com planos de dobrar a produção e o número de funcionários em até três anos. A indústria, em funcionamento desde 2013, tem capacidade instalada para 1,2 mil unidades por ano e emprega 25 pessoas.

Dentro do planejamento de expansão no país, a rede de concessionárias deve chegar a 100 pontos de venda no prazo de cinco anos, previstos para os estados do Sul e regiões de São Paulo e Minas Gerais. Atualmente são 11 revendedores, número que deve dobrar ao longo de 2017.

Além de aumentar o volume de produção, também será ampliado o portfólio de tratores. Na linha de montagem, de onde saem três modelos (séries 9200, 8000 e 4530), em breve serão seis na faixa de potência de 25 a 100 cv.

Com a nova gestão, a operação brasileira da marca, que era administrada pelo grupo chileno Bramont, passa agora a se reportar a Mahindra nos Estados Unidos.

– Vamos investir fortemente aqui no Brasil. Um dos principais pilares da Mahindra é ser parceiro do ecossistema do país para crescermos juntos – afirma Mani Iyer, CEO da Mahindra EUA, que veio ao estado para conhecer a unidade e a equipe de funcionários em Dois Irmãos.

A empresa não divulga os valores que pretende investir porque informa estar finalizando o planejamento da operação.

– Como chegamos em um momento de crise, vamos fazer tudo passo a passo. Vamos avançando conforme sentirmos a reação do mercado. Estamos crescendo e temos a oportunidade de atrair o consumidor através do valor do produto, que tem boas características em termos técnicos, como a robustez dos tratores – diz Jak Torretta Junior, Diretor-Geral de Operações da Mahindra Brasil, lembrando que o mercado está com vendas 30% abaixo das de 2015.

Enquanto finaliza os planos para os próximos anos, a Mahindra prepara modernizações na fábrica de Dois Irmãos. Ajustes na linha de montagem vão fazer a capacidade produtiva crescer 25%, chegando a 1,5 mil unidades por ano. Esse é o limite do prédio industrial onde funciona. A partir daí, terá de buscar novas instalações.

– Ainda não temos nada previsto, mas pretendemos ficar no Rio Grande do Sul porque é o nosso grande mercado para essa faixa de potência – afirma Jak. 

No prazo de um ano a empresa projeta passar da sexta para a quinta posição no mercado nacional de tratores, que tem vendas anuais em torno de 30 mil unidades. Em cinco anos, pretende chegar ao pódio e ficar no grupo dos três primeiros. É assim na Índia, na China e nos Estados Unidos.

– Temos grandes planos para o Brasil. Não há razão para não estarmos entre os três maiores do país, assim como somos os três maiores nesses mercados – projeta Mani Iyer.

Originária da Índia, a Mahindra é a maior fabricante de tratores do mundo, com produção anual em torno de 200 mil unidades. O conglomerado tem 140 negócios diferentes em todo o mundo. Entre 85% e 90% da receita global vem das 10 principais atividades, como automóveis, máquinas agrícolas, financeiro e sistemas de tecnologia. A empresa começou em 1945 montando na Índia o Jeep Willys. Na década de 1960, o grupo ingressou no segmento agrícola em parceria com uma empresa americana. Em 1978, passou a fabricar uma linha própria para a agricultura.

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