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Maior planta de biodiesel em MT estará pronta em janeiro

A Cooperbio inaugura no próximo mês de janeiro, no Distrito Industrial de Cuiabá, a maior fábrica de biodiesel de MT, com investimentos de R$ 30 milhões


A Cooperativa de Bio-combustível (Cooperbio) inaugura no próximo mês de janeiro, no Distrito Industrial de Cuiabá, a maior fábrica de biodiesel de Mato Grosso, com investimentos de R$ 30 milhões e capacidade para produzir 110 milhões de litros por ano a partir do aproveitamento da soja e do algodão. A indústria, que entrará em fase de teste no mês de novembro, será também a maior do país para consumo próprio, sendo destinada exclusivamente à produção de biodiesel a ser utilizado nas lavouras de algodão e soja.

Segundo o presidente da Cooperbio e da Cooperativa de Produtores de Algodão de Primavera do Leste (Unicotton), João Luiz Ribas Pessa, o objetivo da usina é garantir aos produtores de algodão e soja de Mato Grosso um combustível mais barato a partir da utilização da matéria-prima produzida no campo: o caroço do algodão e grãos de soja. “Esperamos produzir um combustível pelo menos 25% mais barato do que o diesel, utilizando óleo de soja e, 40%, com o aproveitamento do caroço do algodão”, estima Pessa.

Cada produtor terá direito a uma cota de 40 litros de biodiesel por hectare de soja e de 110 litros/h no caso do algodão. “A cota de cada produtor será de acordo com a quantidade de matéria-prima que ele fornecerá para a usina”, informa.

O objetivo, em um futuro não muito distante, é substituir o óleo diesel – produto caro e com alta carga de impostos – pelo biodiesel que será produzido nas lavouras. Com isso, os produtores esperam diminuir os custos de produção a partir da utilização do biodiesel nas máquinas, tratores e colheitadeiras nas lavouras de soja e algodão do Estado, aproveitando-se as matérias-primas disponíveis, como o caroço do algodão, a soja e até mesmo o milho.

A planta tem a chancela da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e da Associação dos Produtores do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT). Dos R$ 30 milhões investidos no projeto, R$ 6 milhões são oriundos dos cooperados e, R$ 24 milhões, pré-financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A previsão é de que a produção da indústria atenda 5% da demanda dos produtores, que reduziriam de 8% para 4% o custo total de combustível em uma lavoura. Estudos apontam que com a utilização do biodiesel, os agricultores poderiam economizar até duas sacas de soja por hectare cultivado.

Mato Grosso consome cerca de 2 bilhões de litros de óleo diesel por ano. Deste total, cerca de 800 milhões de litros são utilizados no processo produtivo apenas nas lavouras de soja (720 milhões de litros) e algodão (80 milhões de litros), totalizando uma área plantada de aproximadamente 6 milhões de hectares.

Biodiesel:

O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis. Pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo dezenas de espécies vegetais no Brasil que podem ser utilizadas, tais como soja, algodão, mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso e outros. O biodiesel substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclodiesel automotivos (inclusive de caminhões, tratores e colheitadeiras), podendo ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções.

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