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Mais um mercado na mira de MT

De janeiro a julho deste ano, Mato Grosso respondeu por 53% das exportações de algodão feitas pelo Brasil


Membros da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) estão confiantes na expansão do mercado consumidor para a fibra produzida nas lavouras estaduais. O otimismo é fruto de mais uma missão comercial realizada recentemente à indústria têxtil de Bangladesh, país situado ao sul da Ásia, na fronteira com a Índia. De acordo com o presidente da Ampa, Gilson Ferrúcio Pinesso, os industriais daquele país ficaram impressionados com a qualidade do algodão produzido em Mato Grosso. “Não tenho dúvida de que despertamos o interesse da indústria local”, acredita Gilson Pinesso.

Durante a visita os produtores estaduais fizeram contatos durante o jantar oferecido pela missão mato-grossense em um restaurante da capital Dhaka. O evento contou com a participação de 135 convidados, entre eles vários executivos e industriais. “Foi um sucesso. Estamos satisfeitos e, pelo jeito, os resultados sairão a curto e médio prazos”, avisa o presidente da Ampa, acrescentando que uma comitiva de empresários de Bangladesh deve visitar Mato Grosso no final de setembro para conhecer o beneficiamento da pluma.

De janeiro a julho deste ano, conforme análise divulgada pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (CIN/Fiemt), Mato Grosso respondeu por 53% das exportações de algodão feitas pelo Brasil. As vendas externas de algodão apresentaram incremento de 18% em valor e 32% em volume, quando comparados ao mesmo período de 2008. A Indonésia e a Itália se destacam como países compradores, com 22% e 13%.

ÁSIA - Bangladesh tem um dos mais importantes polos têxteis do mundo sendo atualmente o terceiro maior exportador de confecções. A indústria local, além de ser moderna, emprega muita gente e os produtos são de excelente qualidade e distribuídos pelas principais lojas de marcas da Europa e Estados Unidos.

Grande parte do algodão consumido pelas indústrias têxteis de Bangladesh é importada do Usbeskistão. De acordo com Gilson Pinesso, apesar da matéria-prima desse país ser considerada de boa qualidade apresenta alto índice de contaminação por objetos estranhos. “É justamente aí que ganhamos pontos e destaque, uma vez que o algodão produzido em Mato Grosso está livre de contaminantes tendo em vista que todo o processo é basicamente mecanizado”, explica o produtor.

O outro ponto forte e que aumentou o interesse das indústrias daquele país é o fato de que o algodão mato-grossense respeita as condições sociais e recebe um selo do Instituto Algodão Social (IAS). “Isso faz muita diferença no mercado mundial, porque ultimamente o algodão do Usbeskistão tem a pecha de ser produzido por meio do trabalho infantil e isso tem atrapalhado a comercialização”, ressalta Gilson Pinesso.

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