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Mamona desperta interesse de produtores de Sorriso (MT)


Sorriso sedia hoje (21-01) e amanhã o 1° Encontro Estadual da Cultura da Mamona. Reunindo produtores rurais, técnicos agrícolas, agrônomos e empresários de 20 municípios da região, o evento abordará o desenvolvimento da Mamona em Mato Grosso e as pesquisas realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em busca de novas cultivares.

O encontro busca incentivar a produção da mamona em Sorriso e região. Além da produção mecanizada em larga escala, a cultura também produzirá emprego e renda nas pequenas e médias propriedades rurais, incentivando a agricultura familiar. Toda a produção será beneficiada por uma indústria esmagadora que será implantada em Sorriso.

Amanhã será ministrado um mini-curso sobre o sistema de produção da mamona, técnicas de plantio, adubação, colheita e armazenamento. Os palestrantes são pesquisadores da Embrapa e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer).

A Embrapa Algodão está pesquisando novas variedades de mamona, com características especiais adequadas para os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O programa de melhoramento visa, sobretudo, a obtenção ou seleção de cultivar adaptada à colheita mecanizada, que seja mais precoce, resistente ao mofo cinzento e com alto teor de óleo. Por enquanto, a cultivar IAC-80 é aquela que melhor se adapta em Mato Grosso.

A produtividade da mamona oscila entre 1.500 e 2.000 kg por hectare. O preço compensa. A cotação média da saca de 60 kg de bagas de mamona é de R$ 58 na Bahia.

Industrializada, a semente da mamona dá origem à torta – um ótimo adubo orgânico – e ao óleo. As aplicações do óleo são inúmeras. Ele pode ser usado na fabricação de tintas e isolantes, serve como lubrificante na aeronáutica, como base na manufatura de cosméticos e de muitos tipos de drogas farmacêuticas. O óleo de mamona também é empregado em vários processos industriais, como a fabricação de corantes, anilinas, desinfetantes, germicidas, óleos lubrificantes de baixa temperatura, colas e aderentes, base para fungicidas e inseticidas, tintas de impressão e vernizes, além de nylon e matéria plástica, em que tem bastante importância.

As exportações são melhor negócio para a produção de mamona e do biodiesel, além das vantagens no mercado interno. O preço internacional do litro de biodisel é de US$ 0,72. Se o Brasil conseguir produzir óleo de mamona por um custo de até US$ 400 por tonelada, viabiliza o negócio. Um hectare plantado é suficiente para gerar até mil litros do combustível.

O Brasil foi, durante décadas, o maior produtor mundial de bagas de mamona e, ainda, o maior exportador do seu óleo. Nos últimos anos o país vem apresentando produção declinante, perdendo a condição de maior produtor para a Índia e a China, respectivamente. A Bahia é o maior produtor nacional, seguido por São Paulo.

Realizado pela Embrapa e a KMC Tecnologia em Agricultura, o encontro tem o apoio do Governo do Estado, Prefeitura de Sorriso, Sementes Armani e Empaer.

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