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Manejo de Viveiros é tema de encontro de piscicultores em Imigrante

Um grupo de piscicultores dos municípios de Imigrante e Colinas esteve reunido para um encontro sobre manejo de viveiros.


Um grupo de piscicultores dos municípios de Imigrante e Colinas esteve reunido na terça-feira (09/08), na propriedade do produtor Nestor Ahlert, na localidade de Seca Baixa, município de Imigrante, para um encontro sobre manejo de viveiros. Por meio de atividades teóricas e práticas, o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar em Sistema de Produção Animal, zootecnista João Sampaio, repassou informações sobre os cuidados necessários em açudes em que é adotado o sistema semi-intensivo de criação, com a utilização de carpas capim, húngara, prateada e cabeça grande.

De acordo com Sampaio, é importante estar atento à qualidade e a manutenção das características físico-químicas dos viveiros. Nesse sentido, observar o pH da água, a sua temperatura, cor e transparência, podem contribuir para que haja um melhor resultado, com açudes mais equilibrados em relação a nutrientes, com acidez corrigida, bem adubados e livres de infecções. "Também na hora de inserir os alevinos, é importante que haja uma atenção para que o volume populacional esteja adequado ao tamanho da lâmina da água", salienta o zootecnista.

Para o anfitrião do dia, ainda que tenha uma experiência de mais de 20 anos de trabalho com piscicultura, a reunião de produtores em sua propriedade representa uma boa oportunidade para a troca de conhecimentos. "Acho que a gente sempre tem o que aprender e melhorar", analisa. Com quatro açudes na propriedade - e um quinto sendo construído - Ahlert atingirá 4.400m² de área alagada. "Já acertei muito, mas errei também, já tendo, inclusive, situação em que houve mortandade de peixes, na época em que cultivava tilápias", recorda.

A insistência na atividade, atualmente, é compensadora para o produtor - que, em Imigrante, atua como microempresário. "Tudo começou como um hobby, meio sem critério, mas a participação em cursos e o entendimento da importância da piscicultura como uma potencial fonte de renda me fizeram levar a coisa mais a sério", observa. Não à toa, Ahlert comercializa anualmente cerca de 1.500 quilos de pescados entre a feira e a venda direta. "Se tudo der certo com o novo açude, a minha ideia é alcançar as duas toneladas ao ano", projeta.

O próximo encontro de piscicultores - o quarto desde o início desse ano - envolvendo os dois municípios deverá ocorrer novamente na propriedade de Nelson Ahlert, entre os meses de outubro e novembro, em data e horário a ser definidos. Na ocasião será realizada, de acordo com Sampaio, atividade prática sobre colocação de alevinos no novo açude. "A intenção será ir para além da preparação do viveiro, abordando a importância do transporte adequado, da quantidade ideal de cada espécie para o povoamento e o sistema de soltura dos alevinos", explica. 

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