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Manejo orgânico tem peculiaridades

Gado orgânico é tratado com produtos fitoterápicos e homeopáticos


O manejo orgânico objetiva o desenvolvimento econômico e produtivo não poluente, não destrua o meio ambiente e que valorize o homem. A pecuária bovina de corte orgânica visa uma produção que mantenha o equilíbrio ecológico englobando os componentes produtivos, ambiental e social, a partir de normas estabelecidas pelas instituições certificadoras. Na criação, o gado orgânico é rastreado desde o nascimento até o abate, com registro de peso, alimentação, vacinas, entre outras informações, em fichas individuais.

A alimentação dos animais é observada com especial atenção. Além da pastagem, outros ingredientes compõem o cardápio do gado orgânico como suplementação alimentar com grãos e rações isentas de organismos transgênicos. Esses alimentos têm procedência garantida ou são produzidos pelos próprios pecuaristas de acordo com as normas da certificação. Outra preocupação é quanto ao bem-estar dos animais. As fazendas trabalham com sombreamento das pastagens e currais em formato circular para que o gado não se machuque. Uma das prioridades das certificadoras é garantir a segurança alimentar. Por isso, é exigida e monitorada a vacinação, inclusive contra a febre aftosa. Em caso de alguma enfermidade, o gado orgânico é tratado com produtos fitoterápicos e homeopáticos.

O pecuarista José Renato Meireles cria 4.500 cabeças de gado orgânico em sua propriedade em Nova Marilândia (392 km a médio norte de Cuiabá). Segundo ele, a produção é em função da diversificação da criação, já que os lucros não estão sendo satisfatórios ainda. "Economicamente não há tanta vantagem, pois o gado orgânico fica aproximadamente 40% mais tempo na propriedade. Além de outros gastos a mais que temos no custo da produção. Ou seja, como também temos criação de gado convencional se formos comparar os ganhos são praticamente os mesmos".

Em função do preço e da produção limitada os cortes de carne orgânica não são encontrados em qualquer lugar. Hoje, estão disponíveis nas capitais de estados como, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, em grandes redes varejistas. Conforme o presidente da Aspranor, Henrique Balbino, dependendo do corte pode custar até 100% a mais que a carne convencional.

Outro estado que produz o gado orgânico é Mato Grosso do Sul, com aproximadamente 50 mil cabeças, certificada pelo IBD (Instituto de Certificação Biodinâmico), também abatidas integralmente pela rede JBS-Friboi.

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