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Mantega espera queda dos preços dos alimentos no começo do ano

Segundo ele, recuo já está sendo observado no atacado


Segundo ele, recuo já está sendo observado no atacado. Carne, porém, vai continuar com preço alto, afirmou ministro

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (2), após reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que o aumento dos preços dos alimentos é uma questão mundial, mas acrescentou que espera uma reversão, no Brasil, no início do próximo ano.

"Aqui no Brasil, depois de termos tido uma alta muito forte do milho, do feijão e do trigo, [os preços] já dão sinais de reversão. Ainda no atacado. Portanto, não aparece no varejo. Isso é cíclico. Já estamos vendo que o milho está caindo, o trigo está caindo, o feijão, que tinha dado um impacto forte na inflação, também começou a cair, mas ainda no atacado. Só vai aparecer no varejo em janeiro, um mês, um mês e meio depois [de recuar no atacado]", afirmou ele.

Segundo o ministro da Fazenda, porém, o preço da carne deve continuar elevado. "Alguns preços continuarão altos, como a carne, porque há uma falta internacional de carne. Então, isso eleva o preço", declarou.

Mantega avaliou ainda que é importante olhar para o conjunto de preços da economia, e não somente os alimentos. "A economia está crescendo a 7,5%. Portanto, a demanda está forte e há consumo forte. Acho que teremos o melhor Natal em termos de vendas de varejo", disse o ministro.

Ele acrescentou, entretanto, que o núcleo da inflação, com a retirada dos preços dos alimentos e dos combustíveis, mostra um crescimento abaixo de 5%. "Se colocar alimentos e combustíveis, está rodando em 5,2% em 12 meses. Portanto, ainda estamos dentro da meta [entre 2,5% e 6,5%]. Um pouco acima do centro [4,5%], mas é relacionado com a economia que está crescendo forte", afirmou.

Em um momento de forte crescimento da economia, avaliou Mantega, a inflação sobe um pouco mais. "O setor de serviços sobe um pouco os preços e falta mão-de-obra em alguns setores e os salários sobem. Mas a situação está sob controle. [A inflação] não vai escapar da meta, e o governo fará o que for necessário para que isso continue", finalizou.

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