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Manual para diagnosticar mal da "vaca louca"


Os médicos veterinários dos serviços oficiais do governo federal e dos governos estaduais, bem como todos os profissionais autônomos envolvidos nos programas de sanidade animal receberão ainda este mês um kit completo do manual de "Procedimentos para o Diagnóstico das Doenças do Sistema Nervoso Central de Bovinos".

O Departamento de Defesa Animal (DDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) colocou esse manual no endereço eletrônico http://www.agricultura.gov.br/sda/dda/cps_pncrh_manual_eeb.htm.

O manual de procedimentos inclui DVD e fita de vídeo, contendo informações sobre a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) - mal da "vaca louca" - e sobre a coleta de encéfalo bovino para exame laboratorial e diagnóstico da doença. Elaborado pela equipe de médicos veterinários do Departamento de Defesa Animal, com apoio do professor Cláudio de Barros, chefe do setor de patologia veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (RS), o trabalho tem por objetivo, além da padronização das ações de defesa animal, oferecer subsídios técnicos para a vigilância das síndromes neurológicas, garantindo o estado sanitário do rebanho e a manutenção do Brasil como país livre da doença da "vaca louca".

"Embora o risco de introdução da doença no País seja extremamente reduzido, a adoção de medidas sanitárias de prevenção e vigilância é imprescindível, já que sua ocorrência traria prejuízos imensuráveis à pecuária nacional e à saúde humana", informa o médico veterinário Guilherme Marques, gerente do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros e outras Encefalopatias (PNCRH), do Departamento de Defesa Animal do Mapa.

Marques lembrou ainda que o processo de globalização dos mercados exige, cada vez mais, a manutenção da saúde dos rebanhos, estabelecendo exigências sanitárias que se constituem em obstáculos maiores que a imposição de barreiras tarifárias. Por isso, desde o surgimento da doença da "vaca louca" no Reino Unido, o Brasil vem adotando um elenco de medidas que vão da restrição à importação de animais e seus produtos, originários de países considerados de risco, ao rastreamento dos exemplares anteriormente importados e à proibição do uso de proteína animal na formulação de rações para ruminantes.

O Brasil implantou também o sistema de vigilância para as Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET), que recebe um novo reforço com a publicação do manual, que contou com o apoio financeiro das entidades Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, o Laboratório Vallée e o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal.

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