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Mapa autoriza uso do Benzoato de emamectina em Mato Grosso

Prorrogada emergência fitossanitária


Está prorrogado até 15 de Janeiro de 2018 o estado de “emergência fitossanitária” pelo surto de Helicoverpa armigera no estado de Mato Grosso. A decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi publicada através da portaria de número 273 no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 23 de Dezembro. 

A decisão autoriza o uso de inseticidas à base de Benzoato de emamectina mesmo antes de sua liberação definitiva no País. A substância é apontada por diversos especialistas como o ingrediente ativo mais efetivo no controle da praga, mas sofre resistência por parte de ativistas ambientais e da própria Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que considera sua toxidade além dos limites toleráveis.

“Essa é uma ótima notícia para os cotonicultores do estado de Mato Grosso, o maior produtor de algodão do país. Agora precisamos que o benzoato seja definitivamente liberado, pois ele é um dos produtos que se mostraram eficazes no combate dessa lagarta. A morosidade na liberação traz riscos econômicos, sociais e ambientais. Só a legalidade garante o controle”, afirma o presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), João Carlos Jacobsen Rodrigues, em comunicado.

Opinião coincidente tem o diretor técnico da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), Nery Ribas: “A Helicoverpa está presente em nossas lavouras. Na safra passada, em função do clima seco, a pressão foi menor. O benzoato é uma ferramenta muito importante para combatê-la, e só podemos utilizá-lo na condição do estado de emergência”, afirmou.

De acordo com o coordenador de Projetos e Difusão Tecnológica do IMA (Instituto Matogrossense do Algodão), Márcio Souza, o benzoato de emamectina – por possuir um modo de ação diferente – pode evitar que a praga desenvolva resistência aos produtos hoje disponíveis no mercado: “Ao introduzi-lo no mix de controle, ajudamos a prolongar a vida útil dos inseticidas. Precisamos de mais agilidade na liberação de novas moléculas. A morosidade nos prejudica”.

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