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Mapa busca fim do impasse do ingresso de carne no RS

O RS pretende manter na sua integralidade à portaria que restringe o ingresso de gado em pé e de carne com osso no Estado


A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul informou que o Estado pretende manter na sua integralidade à portaria número 200 que restringe o ingresso de gado em pé e de carne com osso em território gaúcho. Desde novembro de 2005, o Estado mantém barreiras sanitárias em decorrência de focos de febre aftosa identificados no Mato Grosso do Sul.

A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul esclareceu que os gaúchos não vão permitir a entrada de carnes de todos os Estados que não tenham o status de área livre de aftosa. A secretaria ainda informou que a legislação do Rio Grande do Sul e da União são contraditórias e que a lei gaúcha é mais restritiva que a legislação federal.

O Rio Grande do Sul também passa por transição política e, por este motivo, o secretário de agricultura ainda não assumiu o cargo. No momento, o secretário de Relações Institucionais, Celso Bernardi, acumula a Secretaria de Agricultura, mas governadora Yeda Crusius (PSDB) já anunciou o nome de João Carlos Machado (PP) para assumir a pasta.

Machado assume o cargo na próxima terça-feira ( 16-01), um dia antes da reunião com a presença de um representante do Ministério da Agricultura para tentar resolver o impasse das carnes com o Paraná.

O secretário estadual de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Antônio Ceron, disse que vai aguardar a reunião. Vamos aguardar até terça e ver o que é possível avançar. As restrições (ao Paraná) ainda existem. O melhor caminho é conversar. Não vou me antecipar. Tenho que conhecer o assunto em detalhes, afirmou.

O secretário estadual de Agricultura do Paraná, Newton Ribas, disse que pretende esgotar todas as vias de negociação administrativas, técnicas e diplomáticas. Caso não haja resultado, ele pretende sugerir para o governador Roberto Requião, que adote a mesma reciprocidade para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Por enquanto, o Paraná não decidiu fechar as fronteiras para a carne dos dois Estados.

Ele destacou que a portaria número 200 do Rio Grande do Sul de agosto de 2006 que proíbe bovinos, suínos e ovinos, está em desacordo com a Instrução Normativa 82 do Ministério da Agricultura de novembro de 2003 que permite o ingresso dos animais no Rio Grande do Sul desde que cumpram quarentena e apresentem sorologia negativa. Em 19 de outubro, o ministro da Agricultura decretou que o Paraná está livre da febre aftosa. Isso (a posição do Rio Grande do Sul) é reserva de mercado e desobediência à legislação federal, disse Ribas.

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