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Mapa debate sustentabilidade em universidade dos EUA

Assessor João Campari vai falar sobre a contribuição do Brasil para o pagamento por serviços ambientais


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participará dos debates sobre investimentos em sustentabilidade ambiental na Universidade Columbia, em Nova Iorque, nesta quarta (2) e quinta-feira (3). O assessor especial do Mapa para o meio ambiente e sustentabilidade, João Campari, vai falar sobre as contribuições da agricultura brasileira para a agenda ambiental e sobre pagamentos por serviços ambientais em propriedades rurais.

No Brasil, segundo Campari, as experiências de remuneração por serviços ambientais sao inovadoras e relevantes, mas insuficientes para ter um impacto em escala nacional. Ele cita o exemplo do município de Extrema, em Minas Gerais, onde os produtores rurais recebem um pagamento por adotar práticas de conservação da água e solo. A verba vem de um fundo gerido pelo governo municipal e tem servido para inspirar novos projetos. 

“É preciso criar novas formas de pagamento por serviços ambientais prestados pelo Brasil, em geral, e por propriedades rurais bem manejadas, em particular.  Precisamos de escala que seja condizente com os nossos esforços”, ressalta Campari. “O país tem uma reserva de vegetação nativa e uma matriz energética de baixas emissões que cria valor inestimável ao mundo.  Não há no mundo outro país igual ao nosso.” No entanto, acrescenta, o valor social criado no Brasil não é resgatado via mercado ou via tratamento comercial diferenciado no âmbito internacional.
 
Os debates desta semana são uma iniciativa do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade Columbia. De acordo com Campari, as discussões servirão de subsídio para os tomadores de decisão na 22ª Conferência do Clima, a COP 22, em Marraquexe, no Marrocos, entre os dias 7 e 18 de novembro.

Clima, floresta e agricultura

Na semana passada, o assessor especial do Mapa participou de outros dois eventos sobre sustentabilidade na agropecuária brasileira.  O primeiro ocorreu no dia 24 e foi realizado pela Coalizão Brasil Clima, Floresta e Agricultura em parceria com o Mapa. Cerca de 8º técnicos, executivos de agências multi e bilaterais e representantes de associações de classe e ONGs discutiram, no auditório do ministério, a disseminação de tecnologias para a continuidade da implementação de sistemas produtivos de baixas emissões de carbono.

O segundo evento ocorreu em São Paulo, na última quinta-feira (27), e foi promovido pelo ISCC (International Sustainability and Carbon Certification).  No encontro, o Mapa mostrou o alinhamento do setor com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.   Em sua manifestação, o assessor do ministério argumentou que, apesar de o Brasil estar criando valor ambiental com a conservação da sua infraestrutura natural, os mercados ainda têm dificuldade em reconhecer e remunerar o valor criado, seja via preço, seja via tratamento diferenciado no comércio internacional.

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