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Mapa libera comercialização de ovos enriquecidos


A polêmica gerada pela proibição da comercialização de ovos considerados especiais foi resolvida, bem como a confusão entre os tipos de ovos diferenciados existentes no mercado. No dia 13 de fevereiro, o Ministério da Agricultura publicou a Instrução Normativa nº 9, isentando os ovos enriquecidos com Pufa Ômega 3 e vitaminas da cassação de registro e proibição de comercialização. Esta decisão foi tomada pela apresentação ao Ministério da Agricultura de trabalhos científicos que comprovam as diferenças apregoadas no rótulo daqueles ovos especiais pelos pesquisadores de renomadas universidades, como Unicamp, Unesp e UFMG e técnicos de laboratórios de avaliação, a exemplo do Instituto Adolpho Lutz, Ital, Unicamp e SFDK.

A regulamentação se faz necessária porque o consumidor realmente pode comprar produtos que não cumprem o que prometem", esclarece o Professor pesquisador da Universidade Federal de Lavras, Dr. Gilberto Bertechini, referindo-se aos ovos com baixos teores de colesterol. "Sabemos da impossibilidade de redução ou isenção de colesterol no ovo, pois o mesmo é responsável pela duplicação de células que vão dar origem a uma nova vida. Portanto, já está inviabilizado tecnicamente por cientistas ", reforça Bertechini.

Os ovos enriquecidos com Ômega 3 e Vitamina E, por sua vez, apresentam altos níveis de ácido docosahexaenóico DHA) e ácido eicosapentanóico (EPA), ambos derivados do ácido graxo linolêico. Estes níveis são freqüentemente testados e comprovados pelos laboratórios de análises da Unicamp, Adolpho Lutz, ital, Instituto Adolpho Lutz e SFDK. "Os ovos enviados para análises são retirados nos pontos-de-vendas, a fim de garantir a qualidade e eficácia dos mesmos produtos que os consumidores irão adquirir", afirma o gerente de vendas da Uniquímica e fornecedora do "know-how" da ração

especial, Marcos Banov.

"Controlamos a utilização dos insumos para as rações das galinhas através dos históricos de compras dos produtores. Caso constatemos que o

produtor está classificando seus ovos como tipo PUFA, mas não está produzindo ovos enriquecidos nos níveis de Ômega-3 mencionados no rótulo, automaticamente suspendemos sua autorização para a utilização dos rótulos especiais e informamos tal irregularidade ao Ministério da Agricultura", alerta Banov. "Não queremos que o consumidor compre gato por lebre", assegura.

O processo de enriquecimento dos ovos provém de uma avançada tecnologia desenvolvida no Japão. O Brasil adotou esta mesma técnica que

transfere o PUFA (Ácidos Graxos Poliinsaturados) para a ração das galinhas, que passam a bota ovos enriquecidos com Ômega 3 e, por conseqüência, ricos em DHA e EPA. Estes ácidos são responsáveis pela prevenção de doenças cardiovasculares, elasticidade das artérias, controle da pressão arterial, formação do tecido cerebral e desenvolvimento visual.

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