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Mapa valida método para diagnosticar PSA

Validação é imprescindível para estruturar o país em meio a surtos mundiais


Foto: Pixabay

A Peste Suína Africana (PSA) avança pela Ásia, Europa e África. Segundo a Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE) na segunda quinzena de outubro foram registrados 131 novos surtos, somando 7.642. A doença já esteve presente no Brasil. Os casos se deram em suínos de subsistência, em Paracambi, no Rio de Janeiro, em 1978 e foi erradicada em 1984.

Como forma de se prevenir caso algum caso suspeito aconteça no Brasil Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas) foram treinados no laboratório de referência da União Europeia em Madri, Espanha, e validaram métodos de diagnóstico da PSA que podem ser utilizados pela Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs). 

A rede de laboratórios trabalha desde 2015 para padronizar e verificar seus métodos e concluiu agora a validação completa das técnicas moleculares para diagnóstico da doença. A preparação é de grande importância em meio ao número de surtos da Peste Suína Africana pelo mundo. “É uma necessidade. Há uma grande quantidade de voos que chegam desses países e as pessoas trazem comida na bagagem, como linguiça e outros embutidos” conta o Affa Leandro Barbiéri, da Coordenação-Geral de Laboratórios Agropecuários. 

Caso os serviços de fiscalização detectem casos suspeitos da PSA em campo, eles coletam material para análise e o enviam para o LFDA em Minas Gerais, referência na doença. Como existem outras infecções com sintomas parecidos, apenas o exame laboratorial pode confirmar ou descartar a suspeita. A análise pode ser feita por ensaios sorológicos, ensaios moleculares de PCR e pelo isolamento de vírus em células, sendo a PCR a mais recomendada e utilizada para diagnóstico. Dessa forma, o papel dos laboratórios é estratégico e define as ações que devem ser tomadas para o controle da doença.

A Peste Suína Africana não atinge humanos mas é devastadora para as criações de suínos e pode levar ao sacrifício de milhares de animais e à suspensão das exportações, causando grave impacto econômico. Conforme a Embrapa, o Brasil está na 4ª posição em relação à produção de carne suína mundial, com mais de 2 milhões de matrizes alojadas e 3,983 milhões de toneladas produzidas. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os estados que mais produzem e exportam carne suína. 

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