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Mapeamento de SE revela que pecuária persiste como principal atividade

A pecuária é encontrada associada a lavouras permanentes e temporárias


O IBGE lançou mesta sexta-feira (16) o Mapa da Cobertura e Uso da Terra do Estado do Sergipe, na escala 1:1.300.000. Eles mostram que a pecuária ainda predomina em mais de 60% do estado. Apoiado no sistema de classificação nacional adotado pelo IBGE, o mapeamento foi elaborado a partir da interpretação de imagens de satélite conjugada com análises de informações de trabalhos de campo, de tipologias agrícolas e de documentação estatística, além de textos técnicos de referência.

Os resultados deste estudo são fundamentais para o planejamento e para o acompanhamento das mudanças da cobertura e no uso da terra com vistas à gestão do território de Sergipe, considerando que ele fornece informações que podem apoiar análises de conflitos socioambientais, avaliação dos impactos sobre os recursos naturais e seus processos de transformação, como também se apresenta como um documento fundamental para o zoneamento ecológico-econômico do estado.

O lançamento dos Mapas do Uso da Terra de Sergipe e do Pará, bem como dos Mapas Temáticos do Maranhão, será hoje, às 9 horas, na Unidade estadual do IBGE no Pará(Av. Serzedelo Corrêa, 331/337, térreo – Nazaré – Belém).

O Mapa de Cobertura e Uso da Terra de Sergipe está disponível no site do IBGE, no link ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas/tematicos/tematico_estadual/SE_uso.pdf

O mapeamento permite observar que ocorre uma regionalização das principais atividades de cobertura e uso da terra em Sergipe e que, em mais de 60% do estado, ainda predomina a atividade da pecuária, dispersa por todos os Territórios de Desenvolvimento (unidades de planejamento da ação governamental, visando à promoção do desenvolvimento sustentável, à redução de desigualdades e à melhoria da qualidade de vida da população, através da democratização dos programas e ações e da regionalização do orçamento). Também mostra que houve modificações mais localizadas introduzidas pela modernização tecnológica e pela especialização da agricultura que vem ocorrendo no estado.

A pecuária de animais de grande porte (bovinos) é encontrada associada a lavouras permanentes e temporárias, principalmente as graníferas (milho), que ocupam grandes extensões do território sergipano nas suas porções central e oeste. Nessas áreas, houve uma intensificação da atividade em mecanização e insumos e proporcionou alterações substanciais na paisagem e na vida no campo. Na porção sudeste (municípios de Estância e Indiaroba), a pecuária encontra-se associada ao plantio de frutos secos permanentes (coco-da-baía).

Essa regionalização também é observada na distribuição dos cultivos permanentes, como as culturas cítricas (laranja, limão), que ocorrem no sul do estado, e os frutos secos permanentes, no nordeste mais especificamente no platô de Neópolis.

No sudoeste do estado, nos Territórios Centro-Sul e Agreste Central, há o predomínio do cultivo simples das graníferas, o mesmo ocorrendo no centro e leste do estado, com as culturas graníferas, (milho) no leste, e o cultivo de cana-de-açúcar, a sudoeste. No setor leste do estado, o cultivo da cana também ocorre associado à exploração de petróleo.

Nas regiões noroeste e nordeste do estado, respectivamente, nos Territórios do Alto Sertão e do Baixo São Francisco, foi possível mapear áreas da agricultura com uso intensivo de irrigação, o que permitiu a especialização de diversas culturas. Acrescente-se ao Território do Baixo São Francisco a prática da piscicultura.

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