Mapeamento de suínos avança no RS
O georreferenciamento abrange 95% das propriedades. O foco atual são criatórios de subsistência
Pelo menos, 95% das propriedades suínocolas no Rio Grande do Sul já foram georreferenciadas por meio do trabalho realizado pelas Inspetorias Veterinárias da Secretaria da Agricultura (Seapa) e pelas indústrias do setor. A estimativa é da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que desenvolveu o banco de dados do projeto e cadastra as informações das criações. De acordo com o professor da UFSM Luiz Fernando Sangoi, na ação, iniciada há 2 anos, já foram mapeadas todas as 8 mil propriedades suinícolas vinculadas às 22 integradoras, responsáveis por 85% da produção estadual. Também já foi georreferenciada a maioria das propriedades independentes que somam entre 3 mil e 4 mil. Hoje, o Estado conta com um rebanho superior a 4 milhões de suínos.
Segundo a coordenadora do Programa de Sanidade Suína da Seapa, Ildara Vargas, após colher os dados das granjas que comercializam a produção, o trabalho está focado nos criatórios que produzem para subsistência. "Pretendemos conhecer todos os locais que criam suínos e aves no Rio Grande do Sul porque as doenças podem surgir em qualquer lugar".
Desde 2005, o projeto já identificou 1.170 propriedades de risco, que são as que mais se aproximam dos 611 pontos mais perigosos (locais com intensa circulação de pessoas, de veículos ou de animais, como portos, frigoríficos, rodoviárias, lixões e aterros). "Assim fica muito mais fácil localizarmos as áreas que estão no raio de um possível foco", diz a coordenadora.
Conforme o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, a próxima etapa do projeto será a manutenção do abastecimento do banco de dados. "O sistema permite maior controle do ingresso de novos produtores se alguém deixou a atividade ou se migrou de uma integradora para outra", detalha.