CI

Maracaju (MS) mantém liderança na soja


O município de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, deverá produzir 532,8 mil toneladas de soja na safra de verão.

Conforme apontado pelas entidades de pesquisa, o município lidera a produção de soja no Estado, com plantio de 185 mil hectares. O rendimento médio por hectare deverá ser de 2,88 mil quilos por hectare plantada. A estimativa é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), após as últimas reuniões das Corea (Comissão Regional de Estatísticas Agropecuárias), no mês passado.

De acordo com a previsão dos especialistas, Dourados será o segundo município com maior produção de soja na safra de verão. No total, serão 445,5 mil toneladas produzidas no município, que plantou 165 mil hectares. A produção no município é estimada em 2,7 mil quilos por hectare.

O terceiro município na produção de soja será Ponta Porã, com 432 mil toneladas estimadas, em 160 mil hectares plantados.

No total, Mato Grosso do Sul terá produção de pouco mais de 5,5 milhões de toneladas de soja, que deverão ser colhidas a partir da segunda quinzena de fevereiro.

Granizo:

A pesquisa do IBGE aponta a estimativa de plantio de soja e também outras culturas da safra 2004/2005. Porém, o técnico Everaldo Assad Arguello explica que a previsão não contabiliza os prejuízos obtidos há duas semanas, após chuva de granizo, que atingiu a região central e também a fronteira do Estado. “Estes resultados só teremos mais próximo da colheita, quando poderemos contabilizar os reais prejuízos com o mau tempo”, afirma.

O fenômeno atingiu os municípios de Ponta Porã, Dourados, Itaporã, Maracaju e parte de Sidrolândia. Várias lavouras de soja e outras culturas ficaram bastante prejudicadas, já que as plantas estavam em fase de crescimento. Alguns produtores tiveram perda total da lavoura, e tiveram que optar pelo replantio tardio.

O presidente da Aeagran (Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados), Ângelo Ximenes, estima que pelo menos 18 mil hectares foram atingidos pelas fortes chuvas. Segundo ele, pelo menos seis mil hectares tiveram perda total e foram replantados. “80% de quem perdeu a lavoura fez o replantio, para não ficar no prejuízo. O problema é que este plantio tardio, no final de época, pode ser prejudicado com estiagem, pragas ou doenças”, explica o engenheiro agrônomo.

Segundo ele, a Aeagran ofereceu acompanhamento das áreas atingidas. Na semana passada, a associação formalizou documento ao diretor geral do Banco do Brasil em Brasília, para buscar liberação de novo financiamento aos produtores. “Será preciso investir em tudo novamente: sementes, adubação e herbicidas. Se não houver apoio, o produtor não terá como investir mais uma vez”, completou.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.