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Maranhão pode ser rota para exportação de produtos de MT

O coordenador de negócio da EMAP apresentou palestra sobre o porto Itaqui mostrando toda sua infra-estrutura


O Corredor Multimodal de Exportação Centro-Norte se apresenta como uma alternativa mais econômica e competitiva para o escoamento da produção mato-grossense, principalmente para a região do Araguaia.

Nesta quarta-feira, 13, o presidente do Comitê do Corredor Centro-Norte, Adalberto Tokarski, falou da viabilidade de integrar os municípios do Araguaia ao Norte do país pela BR-158, passando pela ferrovia Carajás, em Tocantins, e chegando ao Porto Itaqui, em São Luis, Maranhão, reduzindo as distâncias aos maiores portos dos mercados consumidores internacionais. Nos Estados Unidos e Europa, por exemplo, afirma Tokarski, o tempo encurtaria sete dias de navio, além do porto oferecer maior prêmio pelo produto.

O coordenador de negócio da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Marcio de Melo e Alvim Araújo, apresentou palestra sobre o porto Itaqui mostrando toda sua infra-estrutura e investimentos projetados para ampliação e melhorias.

De acordo com ele, o Itaqui movimentou, em 2004, 12,592 milhões de toneladas (t), dos quais 1,2 milhão foi de soja e 397.706 mil toneladas de fertilizantes. A projeção para 2005 é transportar 1,6 mil t de grãos com grandes expectativas de atingir 2 milhões de t. A perspectiva para 2015 é movimentar 12 milhões de t de soja.

O governo federal já garantiu investimentos na ordem de R$ 147 milhões e o Governo do Maranhão mais R$ 20 milhões para execução de obras de construção de mais dois berços, recuperação de outros dois e drenagem dos cais.

Serão investidos mais R$ 137,6 milhões com parceria de iniciativa privada para construção de terminal de granéis líquidos (combustível), construção do terminal de grãos com armazéns para produção de grãos do Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará e Mato Grosso do Sul.

O Terminal será implantado em três etapas, sendo que a capacidade de armazenagem estática será de 390 mil toneladas em sete silos, cuja capacidade de movimento será de 60 mil t.

Entretanto, o engenheiro da Sinfra (Secretaria de Infra-Estrutura), Tércio Lacerda, afirmou que se não se investir na BR-158, que hoje se encontra numa situação mais deteriorada que a BR-163, o projeto corredor Centro-Norte pode não ser viável.

"Como é uma rodovia federal, o governador não tem autonomia para investir na estrada. Mesmo assim, vai construir 28 quilômetros entre os municípios de Confresa e Porto Alegre do Norte, que fazem parte da BR-158. O projeto já foi aprovado pelo DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) e está em fase de execução", afirmou Lacerda.

Adalberto Tokarski informa que este ano a União garantiu R$ 40 milhões para pavimentação da rodovia, mas é preciso pressão para que haja mais recursos para obras na estrada que possui cerca de 420 km sem asfalto.

"O potencial da região é imenso. Sozinha tem capacidade de produzir tudo que Mato Grosso produz hoje em grãos. O Corredor Centro Norte vai tirar esses municípios da posição de últimos no Estado para serem os primeiros", disse o prefeito de Água Boa.

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