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Maranhão vai disciplinar entrada de animais de outros estados com risco de aftosa


Até a próxima segunda-feira (17-01), a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED) editará uma portaria disciplinando a entrada de animais oriundos de estados que têm risco desconhecido para febre aftosa, como Piauí e Alagoas. No final do ano passado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento alterou o status sanitário do Maranhão de alto para médio risco para febre aftosa. O estado tem o segundo maior rebanho da região Nordeste, com cerca de 6 milhões de cabeças.

Para conferir o novo status sanitário ao Maranhão, o Ministério da Agricultura fez cinco auditorias, das quais três orientativas. Foram avaliados, entre outros itens, o serviço de atenção veterinária estadual, a execução do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa e a vigilância ativa e passiva para a doença. O ministério também auditou a organização do cadastro do setor agropecuário do estado, as emissões de Guia de Transporte de Animais (GTA) e o nível de domínio no atendimento de casos suspeitos de doenças vesiculares.

Segundo o diretor da AGED, Sebastião Anchieta, a mudança no status foi possível graças aos investimentos de R$ 12 milhões feitos pelo governo do estado na defesa agropecuária, além de um convênio de R$ 1,1 milhão firmado com o Ministério da Agricultura. “Esses investimentos permitiram a melhoria na infra-estrutrura de defesa sanitária. Temos 18 escritórios regionais, 88 unidades locais e 96 escritórios de apoio”, informou Anchieta. A agência conta ainda com uma frota de 157 veículos e 137 motos.

O diretor adiantou que o governo do estado também está criando a carreira de fiscal agropecuário. Por meio de concurso público serão contratados 130 novos veterinários, 50 agrônomos e 150 técnicos de nível médio. Pelo menos 70 veterinários serão contratados já no mês de março.

“O governador José Reinaldo Tavares assumiu um compromisso forte com os produtores na questão da defesa agropecuária porque sabe que o Maranhão, por sua posição geográfica, é estratégico para o país”, afirmou o diretor, acrescentando que o estado possui o segundo porto de maior profundidade do mundo. “Qualquer navio pode atracar no Porto de Itaqui a qualquer hora do dia ou da noite e estamos mais próximos dos mercados europeu e asiático”, lembrou.

Anchieta ressaltou que além de ter maior vantagem competitiva na exportação de produtos agrícolas em relação ao Porto de Paranaguá, o escoamento da produção via ferrovia Norte/Sul também pode reduzir os custos com transporte de grãos. “São 640 km de costa. Temos esse meio de transporte modal que pode atrair muitos investimentos para o estado, gerando emprego e renda”.

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