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Marcha de Resistência da raça Crioula começa no próximo final de semana

Trinta e nove animais participam da prova em Bagé que tem percurso de 750 quilômetros e avalia resistência e rusticidade


Trinta e nove animais participam da prova em Bagé que tem percurso de 750 quilômetros e avalia resistência e rusticidade
 
A largada para o principal desafio de resistência da raça Crioula ocorre no próximo sábado, dia 18 de junho, a partir das 7h. Trinta e nove conjuntos, incluindo dois reprodutores, 26 éguas e onze cavalos castrados, participam este ano da décima-quinta Marcha de Integração da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). A concentração prévia da prova iniciou no último dia 19 de maio na Estância Santa Maria, na Vila Thereza, em Bagé (RS), cidade sede no ciclo 2016. Nestes 30 dias antes da largada, os animais ficam soltos no campo depois de serem desferrados, pesados e revisados pela comissão veterinária. O objetivo é mantê-los sob as mesmas condições ambientais e alimentares neste período.
 
A Marcha é uma prova seletiva cujo maior desafio é completar os 750 quilômetros com os animais recebendo apenas pasto e água, sem suplementação nutricional ou medicamentosa, explica o coordenador da Subcomissão de Marchas de Resistência da ABCCC, Mateus Gularte Silveira. Afirma ainda que o clima também é um desafio. “Nosso inverno é muito rigoroso com temperaturas baixas, o que, a princípio, ajuda neste tipo de prova, mas como ultimamente o clima vem apresentando variações, nunca se sabe o que vai ocorrer. Em outros anos nesta mesma época de prova foram registradas temperaturas de 30 graus”, ressalta.
 
Silveira destaca que a qualidade dos animais participantes da prova é alta por ter exemplares aprovados em outras marchas, assim como cabanhas conceituadas.“Também tem três éguas que vieram do Uruguai”, destaca, lembrando que a marcha de resistência é muito importante porque é nela que são testados os diferenciais da raça Crioula em relação às outras raças, como resistência, rusticidade e capacidade de recuperação.
 
Na sexta-feira, dia 17, os animais serão transportados para o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) 93, véspera da largada. Em 15 dias, os conjuntos devem cumprir os 750 quilômetros da Marcha, alternando entre três etapas: a primeira (regulada) é a jornada de condicionamento do animal, portanto não tem grande exigência de velocidade - todos os competidores saem e chegam no mesmo horário, mas os que excederem este tempo são automaticamente desclassificados. Na segunda fase (semi-regulada) todos largam juntos e têm tempo mínimo e máximo para completar o percurso. Já a terceira e última é livre, sem limite de tempo. A data de chegada da Marcha é na manhã do dia dois de julho quando serão definidos os vencedores.
 
Inspirada nas lidas campeiras das estâncias, quando os cavalos trabalhavam até 15 dias consecutivos e percorriam, em média, 50 quilômetros diários, a Marcha de Resistência é uma prova que visa avaliar a rusticidade, resistência e capacidade de recuperação do Cavalo Crioulo. É a disputa funcional mais antiga da ABCCC e junto ao Freio de Ouro e Morfologia formam o tripé seletivo da Raça Crioula no Brasil. 

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