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Marfrig tem prejuízo de R$170 mi no 3º tri, corta estimativas

Marfrig afirmou ainda que o volume de abate de bovinos permaneceu em linha com o terceiro trimestre de 2015


A companhia de alimentos Marfrig teve prejuízo líquido de 170,4 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo obtido um ano antes de 185,9 milhões de reais. A empresa divulgou mais cedo corte de projeções de desempenho neste ano que incluíram uma redução na expectativa de receita para 19 bilhões a 20 bilhões de reais ante faixa estimada em fevereiro de 22 bilhões a 24 bilhões de reais.

O faturamento líquido do terceiro trimestre somou 4,45 bilhões de reais, uma queda de 13 por cento sobre igual período do ano passado e de cerca de 7 por cento no comparativo com os meses de abril a junho deste ano. A Marfrig afirmou que adotou estratégia no trimestre de reter algumas categorias de produtos da divisão de carne bovina esperando um melhor preço médio. A tática "elevou o estoque de produtos acabados e, no caso das vendas para o mercado externo, a finalização de algumas das negociações mais ao final de setembro não permitiram que as vendas fossem contabilizadas dentro do período".

O custo de produtos vendidos, caiu 12,6 por cento na comparação anual, a 3,96 bilhões de reais. A Marfrig afirmou ainda que o volume de abate de bovinos permaneceu em linha com o terceiro trimestre de 2015, o que permitiu que a taxa de utilização de capacidade no Brasil ficasse acima de 80 por cento.

Para os próximos meses, a Marfrig afirmou no balanço que espera estabilidade no custo de gado, ainda que em patamar elevado e recuperação dos preços de exportação dado o limitado crescimento de oferta global. No mercado mundial de frangos, a empresa afirmou que espera um crescimento mais moderado da oferta que "associado à crescente demanda deverá levar à melhoria da rentabilidade do setor".

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 340,8 milhões de reais ante 468,2 milhões no mesmo período de 2015. A companhia terminou setembro com dívida líquida de 1,8 bilhão de dólares, em linha com o segundo trimestre deste ano. A relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado terminou setembro em 3,4 vezes ante 3,1 vezes nos três meses anteriores.

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