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Mato Grosso não tem produção suficiente de álcool

Estado precisa ter 3 bilhões de litros por ano, para transportar por meio do duto


Enquanto a Petrobras não tiver certeza que Mato Grosso poderá produzir 3 bilhões de litros de álcool por ano nos próximos cinco anos o projeto do álcoolduto que liga a refinaria do Paraná (Repar) a Cuiabá ficará parado. Aliás, como permanece há 10 anos, segundo o presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, Sérgio Machado, informou ao secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan. A produção exigida para que a obra se torne viável é igual a duas vezes e meia a produção atual, de 840 milhões de litros.

Condições de aumentar o volume, o secretário diz que existe, desde que haja investimentos no setor. Mas ele destaca ainda que não se pode elevar a produção sem ter garantia do mercado consumidor, já que esse álcool que será transportado pelo álcoolduto será destinado à exportação. Por enquanto, o que ronda a vinda de um álcoolduto ou poliduto para Mato Grosso é uma grande incerteza.

Outro problema envolvendo a questão é que a chegada do duto até a Capital não significaria tanto para o Estado porque Cuiabá não é região produtora. Por isso o secretário solicitou da Transpetro um estudo de custos e da possibilidade da obra ser estendida até Nova Olímpia, onde está a usina Itamaraty - maior usina do Estado - e onde outras poderão ser instaladas. Machado determinou o levantamento e pediu 30 dias para dar uma resposta, que deve chegar no dia 18 deste mês.

No encontro, em 18 de julho, Machado disse a Furlan que o custo de produção do álcool em Mato Grosso é 10% mais caro que em São Paulo. A perda de competitividade gerada por essa situação só poderia ser resolvida com logística de transporte adequada, e a forma ideal seria o álcoolduto. E a Transpetro só pretende fazer a obra se tiver garantias de que vai lucrar com isso, daí a exigência da produção maior. Uma outra alternativa ao Estado é um ramal do álcoolduto que será construído de São Paulo a Senador Canedo (GO). Mas essa via ainda é mais complicada porque a condição da Transpetro por esse caminho é uma produção de 4,6 bilhões de litros de álcool.

O secretário pondera que existe potencial. "O Estado planta hoje 240 mil hectares de cana. Passar para 1 milhão de hectares pode ser simples, já que temos 5 milhões de hectares em pastagem degrada que podem ser convertidas ao plantio de cana". As informações são da assessoria de imprensa da Famato.

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