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Mato Grosso assume a liderança

Estado assumiu a liderança no processamento de oleaginosas com 36,6 mil ton por dia


Mato Grosso assumiu a liderança no processamento de oleaginosas com 36,6 mil toneladas por dia, 0,95 mil a mais do que o Paraná, segundo no ranking brasileiro. O incremento no volume é decorrente do aumento da capacidade das indústrias e inclusão de uma nova unidade em Alto Araguaia (a 415 km de Cuiabá). Com a maior produção de soja do país, 20 milhões de toneladas, o Estado atrai investimentos de indústrias e agrega valores.


Para os produtores rurais, a chegada de novas empresas significa valorização e melhor renda. Segundo o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, com a valorização do real frente ao dólar, a remuneração é melhor quando a produção é negociada com indústrias do que com tradings. Além disso, Prado reforça a importância para o Estado como um todo, pela exportação do produto beneficiado.

De acordo com o economista da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Rodrigo Feix, as indústrias são atraídas pela proximidade com a produção, redução de gastos e melhor aproveitamento. Segundo ele, o processamento e o refino das oleaginosas deve aumentar ainda mais no Estado, com a instalação de uma unidade da asiática Noble e de uma unidade da Bunge.

Desde a instalação da planta da Cargill em Primavera do Leste (a 231 km da Capital), os produtores da cidade perceberam a diferença. Presidente do Sindicato Rural do município, Jair Guariento, afirma que os impactos refletiram também na comunidade como um todo. "Houve geração de empregos, outras empresas se instalaram na cidade e houve também mais oferta de serviços para a população".

Isso sem contabilizar os ganhos financeiros. Guariento explica que com a proximidade, os produtores ganham também com a redução dos custos com o frete, que é um dos principais gargalos para a região. De 1,8 milhão de toneladas de soja produzidas em Primavera, cerca de 40% são processadas na cidade. De acordo com a Abiove, Mato Grosso possui 17 plantas, sendo 13 de processamento e 4 plantas de refino de óleo vegetal.


Com previsão de instalação em dezembro, a Noble Group é fruto de um investimento de R$ 150 milhões para a primeira unidade esmagadora do país. Além dela, a Bunge anunciou mais um investimento para Mato Grosso. Serão R$ 80 milhões aplicados em atividades em Mato Grosso, onde estão instaladas a maior fábrica da multinacional, em Rondonópolis (a 220 km de Cuiabá) e a segunda maior unidade de processamento, em Nova Mutum(a 264 km da Capital).

Brasil - O processamento de óleo vegetal no país registrou aumento de 7% em 2010 em comparação com 2009, saltando de uma capacidade de 165,299 mil toneladas por dia para 176,834 mil toneladas/dia em 2009, uma alta de 11,535 mil toneladas/dia. Do total instalado, 31,009 mil toneladas deixam de ser processadas por paralisação de plantas.

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