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Mato Grosso pode chegar a 270 mil matrizes de suínos

A expectativa do segmento é atingir este número até 2010


A suinocultura de Mato Grosso fechou 2006 com saldo positivo e estima-se elevação do número de matrizes em até 50% em 2007, com a chegada de novos investimentos da Sadia e a implantação de novas plantas industriais no Estado. A expectativa do segmento é de que o número de matrizes suba de 70 mil para 270 mil até 2010. Segundo estudos da Associação dos Criadores do Estado (Acrismat), estima-se que, nos próximos quatro anos, em razão do potencial de crescimento do Estado e de novos investimentos, o número de matrizes aumente em 120 mil animais.

Mato Grosso reúne hoje, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), 84 mil matrizes de criatório. São mais de um milhão de animais no Estado, somando o rebanho tecnificado com os criatórios. De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado, as exportações de carne suína tiveram um aumento substancial nos últimos anos. A elevação chegou a 160% no período de 2004 a 2006. Em 2004 foram 3,20 milhões exportados, com a comercialização chegando a 2,07 mil toneladas (preço médio de US$ 1,54/Kg).

Em 2005 este número saltou para US$ 9,79 milhões, totalizando 5,34 mil toneladas ao preço de US$ 1,83/Kg. No ano passado Mato Grosso fechou o ano com US$ 23,73 milhões em exportação, resultando em 11,72 mil toneladas exportadas a US$ 2,02 o quilo. Os principais países consumidores são: Rússia, Ucrânia, Hong, Kong, Argentina e Paises Baixos.

Em 2006 a suinocultura do Mato Grosso passou por um período de crise em função do embargo russo à carne suína de todo o país. O resultado fez com que os suinocultores sofressem com a queda do valor do quilo do suíno, em razão da alta oferta no mercado interno. O preço de venda caiu a R$ 0,85/kg, enquanto o custo de produção ficou em R$ 1,25.

Depois da abertura do mercado russo às exportações de carne suína e bovina mato-grossense, o mercado começou a se aquecer e, em julho, o preço do quilo chegou a R$ 1,10 e, em setembro, R$ 1,80, correspondendo a uma alta de quase 70%. De acordo com a Acrismat, os produtores do Estado têm como objetivo ampliar cada vez mais o mercado, crescendo com qualidade. Por isso mesmo investem visando a qualificação da cadeia produtiva suinícola.

Perspectivas:

As perspectivas do mercado interno para comercialização de suínos em Mato Grosso têm animado o grupo de mais de 350 suinocultores, soma total do segmento produtivo no Estado. A novidade é que a Sadia pretende iniciar o funcionamento parcial do complexo de Lucas do Rio Verde até dezembro de 2007. A companhia ainda não divulga o número de animais que serão abatidos na etapa inicial. A informação oficial é de que o empreendimento, quando estiver em plena operação, terá na carteira uma planta de suínos responsável pelo abate de 5 mil animais diariamente.

A Sadia está investindo R$ 500 milhões no complexo em Lucas do Rio Verde, aporte somado à contrapartida dos produtores associados, no valor de R$ 600 milhões. O dinheiro está sendo aplicado na construção de abatedouros de aves, indústria de abate e industrialização de suínos, além de uma fábrica de ração. O montante será pulverizado gradativamente até 2009, com a geração de cerca de 6 mil empregos diretos.

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