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Mato Grosso reduz abate de bovinos em 8%

De janeiro a junho de 2009, foram destinados ao abate 2,011 milhões de bovinos

Mato Grosso reduziu em 8% na quantidade de animais abatidos no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho de 2009, foram destinados ao abate 2,011 milhões de bovinos (entre machos e fêmeas) contra 2,185 milhões no mesmo período do ano passado. A diferença, que chega a pouco mais de 174 mil animais de um ano para outro, é reflexo da crise enfrentada pelo setor, que inclui a escassez de animais prontos para o abate e a redução de frigoríficos no Estado.

O balanço de bovinos abatidos são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) elaborado a partir dados fornecidos pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT). Conforme o levantamento, o abate de fêmeas teve a maior variação negativa, chegando a -13,9%, O número baixou de 943,711 mil em 2008 para 812,407 mil este ano, o que mostra que os pecuaristas estão voltando a investir na atividade, com foco na reprodução.

Já o volume de machos abatidos caiu apenas 3,5%. Este ano foram contabilizados 1,199 milhão de animais contra 1,242 milhão em 2008. Neste grupo, o abate de bois com mais de 36 meses encolheu 16,6%, baixando de 721,586 mil em 2008 para 601,686 mil este ano. Já o abate de machos com idade entre 24 e 36 meses cresceu 15,2%, evoluindo de 504,597 mil para 581,483 mil de um ano para outro.

O diretor secretário da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Vicente Falcão, afirma que a retração no abate, considerando machos e fêmeas, é decorrente principalmente da pouca oferta de frigoríficos para processar os animais, já que de 2008 para cá foram fechadas 13 unidades no Estado, e que estão em processo de recuperação judicial.

"Até 2007 os pecuaristas abateram fêmeas por causa da crise. Como consequência disso, o números de animais prontos para o abate reduziu, já que a reprodução caiu. Além disso, outro agravante que contribuiu para o número negativo foi a redução de plantas em operação", diz ao considerar que por conta disso, a entidade aconselha que os pecuaristas que forem comercializar gado, optem preferencialmente pelo pagamento à vista. Segundo ele, é melhor reduzir o abate do que vender e não receber.

Produção sustentável - Em 12 anos, o rebanho bovino mato-grossense aumentou 66%, passando de 15,1 milhões de cabeças em 1996 para 26 milhões em 2008. No mesmo período, a área destinada à pastagem cresceu apenas 18%, passando de 21,8 milhões de hectares para 26 milhões ha. Os números refletem o sistema sustentável de criação que os pecuaristas estaduais vêm adotando nos últimos anos, que não tem mais como foco a abertura de novas áreas.

Fonte: A Gazeta

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