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Mato Grosso tem 40 frigoríficos aptos para exportar aos EUA, mas somente 25 estão operando

Indústrias já podem pedir habilitação para exportar carne bovina in natura


Indústrias já podem pedir habilitação para exportar carne bovina in natura

Mato Grosso conta com cerca de 40 frigoríficos instalados com Selo de Inspeção Federal (SIF) e aptos para exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos. Do total de unidades fabris no estado apenas 25 estão em atividade, visto a baixa oferta de animais terminados para o abate. As indústrias já podem entrar com pedido de habilitação para exportar carne bovina in natura no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dentre as unidades em Mato Grosso em operação a JBS conta cerca de 10 plantas.

Os frigoríficos interessados em enviar carne in natura para os Estados Unidos devem possui SIF. Segundo o Ministério, será verificado se a empresa cumpre os requisitos exigidos pelas autoridades norte-americanas. Em caso de cumprimento, o Mapa irá indicar o estabelecimento aos Estados Unidos que dará o aval final para à importação da carne bovina in natura.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins, destaca que quase todos os frigoríficos de Mato Grosso possuem SIF e assim estão aptos para buscar a habilitação de envio da carne in natura para os Estados Unidos. Ele afirma que o estado conta com cerca de 40 unidades destinadas à carne bovina, porém apenas 25 estão em plena atividade, em decorrência a problemas de estoque de animais terminados para o abate. 

Para a indústria, a abertura dos Estados Unidos é uma opção a mais de mercado, principalmente diante o fato de grandes clientes como a Rússia, Venezuela e o Egito, por exemplo, estarem em “crise” econômica. O presidente do Sindifrigo-MT afirma que a abertura dos Estados Unidos não irá suprir totalmente a “compra” destes países que retraíram o consumo, porém é algo. “Além disso, abrindo os Estados Unidos poderemos ter novos mercados”. 

O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, pontua que apesar da quantidade de 64 mil toneladas estabelecida ser pequena, o volume é interessante nesse primeiro momento. “Não só podemos ter aumento de embarques para os Estados Unidos mais à frente, como podemos ter abertura para o Canadá, Japão e alguns países do Caribe que seguem o mesmo protocolo dos Estados Unidos. Os Estados Unidos é como um ISSO para abrir mercado”.

Conforme Manzi, o fato dos Estados Unidos abrirem o mercado para a carne in natura brasileira já mostra a credibilidade da produção. “Outra vantagem para nós é que podemos mostrar cortes que lá são desconhecidos, como é o caso da picanha”.

Demanda

De acordo com o presidente do Sindifrigo-MT, Luiz Freitas Martins, Mato Grosso tem como atender a demanda exigida do mercado mesmo passando por um momento de recomposição dos estoques de machos e baixo volume de animais terminados para o abate. 

“Tem como suprir a demanda do mercado exterior, mesmo com a falta de bois, pois o mercado brasileiro está retraído. Tivemos um recuo de aproximadamente 15% no consumo no mercado interno devido o poder aquisitivo estar encolhido”, diz Freitas.

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