O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, informou ontem, ao apresentar as metas de sua pasta, em Brasília, que o modelo a ser adotado no campo privilegiará o pequeno produtor. Segundo o ministro, 'é necessário quebrar a idéia de que o campo é atrasado e a cidade, moderna'. Rossetto disse que o modelo de agricultura familiar permitirá gerar renda no campo, incluir a população no processo produtivo e auxiliar nos programas de combate à fome. Para tanto, anunciou que reforçará a Secretaria de Agricultura Familiar.
'A principal preocupação do governo Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao programa Fome Zero é garantir a oferta de alimentos. Para isso, a agricultura familiar e os assentamentos de reforma agrária terão papel fundamental no aumento da produção.' Revelou ainda fará 'tudo para que os assentamentos tenham qualidade de vida social e infra-estrutura para plantio, colheita e comercialização dos produtos de primeira necessidade'. Rosseto disse ainda que irá negociar à exaustão com os agentes financeiros nacionais, para conseguir os recursos necessários à expansão da reforma agrária. As metas foram anunciadas no Instituto de Colonização e Reforma Agrária.
Também ontem, na sede do MDA, às 17h30, Rossetto recebeu o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto. Foi o primeiro encontro oficial entre o ex-vice governador do RS e o dirigente. O ministro avaliou positivamente o encontro e destacou que foi estabelecida uma relação de diálogo com a entidade. De acordo com Sperotto, o encontro demonstrou sintonia entre os objetivos do ministério e da entidade, proporcionando um bom ambiente de trabalho.