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Megaleilão em Cuiabá (MT)


No sábado, Estância Bahia põe na pista mais de 12 mil bovinos de cria, recria e engorda

Até 2007, Cuiabá era centro de prestação de serviços e caixa de ressonância política. Naquele ano a capital mato-grossense tornou-se também importante polo da comercialização pecuária, sem prejuízo de suas outras peculiaridades. Essa ampliação tem que ser creditada ao Grupo Estância Bahia, do empresário Maurício Tonhá, que desde então passou a realizar anualmente, na cidade, o Mega Leilão para venda de bovinos para cria, recria e engorda.


O Mega – como é conhecido na cadeia pecuária nacional – é a síntese dos leilões brasileiros de animais a campo. Além de Cuiabá ele também acontece anualmente em Água Boa, onde se localiza a sede do Grupo Estância Bahia. Sua realização vai além do evento comercial e se transforma em oportunidade para trocas de experiência e reencontro entre criadores, empresários do setor frigorífico e autoridades.

A edição do Mega deste ano será realizada no próximo sábado, às 14h, com transmissão pelo canal a cabo Terra Viva. A diretora de Marketing da Estância Bahia, Gabriela Tonhá, revela que mais de sete mil animais já se encontram nos currais do Centro de Eventos da Estância Bahia, no KM 395 da BR-364, palco do leilão. Segundo ela, a meta é vender 10.013 animais, mas estima que no mínimo serão ofertados 12 mil em 100 lotes de machos e fêmeas.

A forma de comercialização por leilão foi o primeiro passo da pecuária para facilitar a transação entre o dono da boiada e o zebuzeiro – apelido genérico do comprador -, que há 30 anos era feita exclusivamente ao pé da porteira. Mega, como o próprio nome sugere, é venda no macro, o que facilita a realização de grandes negócios ao empresariado da pecuária e o leva às pistas das leiloeiras, sem que tal condição impeça o pequeno e o médio criador de comprar lotes à batida do martelo no mesmo recinto.

NOVIDADE – Em 2001, quando os leilões de bovinos já estavam incorporados aos negócios da pecuária, o empresário e político Maurício Tonhá criou o Mega Leilão de Água Boa, no Vale do Araguaia, região que economicamente se caracteriza pela pecuária extensiva. Na visão empresarial do idealizador daquele que seria o maior leilão do mundo, o Mega encurtaria o caminho entre as pontas da negociação dos animais, numa escala empresarial. Tonhá acertou em cheio e ao longo de 13 anos consecutivos seu evento esteve no centro das atenções da cadeia pecuária nacional. “Se um Mega é bom, dois ainda são melhores”, pensou Maurício Tonhá em relação a Cuiabá. Com esse entendimento, há seis anos, lançou a edição cuiabana deste grande leilão.


Ao lançar o Mega em Cuiabá, Tonhá levou em conta as particularidades da pecuária do município da capital e em seu torno, região onde muitos criadores também exercem outras atividades empresariais, sendo que alguns residem fora de Mato Grosso. Com o Mega – avaliou o dono da Estância Bahia – seria possível reunir o pessoal da pecuária num grande evento, de curta duração e bem objetivo.

Os números apurados pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) na etapa de vacinação em novembro do ano passado, de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa mostram que o rebanho mato-grossense encolheu em 708.086 animais no comparativo de 2012 com 2011, mas que mesmo assim é o maior do Brasil, com 28.485.086 cabeças. Gabriela Tonhá vê esse quadro como “coisa de momento”, mas não o desafia. Segundo ela, a grande meta do Mega em Cuiabá não é o quantitativo das vendas, “mas a lucratividade dos nossos parceiros da pecuária”.

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