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Melhorias na infraestrutura facilitam escoamento da safra paranaense

Paraná vai colher mais de 22 milhões de toneladas de grãos na safra de verão


Investimentos na área de infraestrutura vão facilitar o escoamento da safra de verão neste ano, que já começou a ser colhida em todo Estado. Duplicação de estradas, aumento da produtividade do Porto de Paranaguá e da capacidade de movimentação da Ferroeste vão trazer benefícios para produtores e exportadores. 

O Paraná vai colher, segundo última estimativa da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento, 22,1 milhões de toneladas de grãos na safra de verão, com destaque para a soja. O grão deve render mais uma safra recorde, de 18,1 milhões de toneladas, 7% mais do que no ano passado.

“Ao longo desses cinco anos de gestão, o Governo tem investido na melhoria da infraestrutura, buscando reduzir o custo Paraná. Na área de rodovias, a preocupação é agilizar o escoamento da porteira da fazenda ao Porto de Paranaguá, facilitando o envio da produção para exportação ou aos grandes centros consumidores, como São Paulo”, diz o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. 

A colheita da soja – principal produto agrícola do Estado – já atinge 17% da produção e deve alcançar o seu pico entre o fim de fevereiro e abril. Com a comercialização em alta, a tendência é de um aumento significativo do transporte do grão no Estado.

Neste ano, 34% da safra de soja já foi vendida, quase três vezes mais do que no mesmo período de 2015, quando 12% da produção havia sido comercializada. “Houve uma antecipação provocada pela alta do dólar, que tornou a soja bastante atraente para os compradores”, diz Marcelo Garrido, chefe de Deral. A região Oeste é a mais adiantada na colheita da soja. No caso do milho da primeira safra, a colheita atinge 10% da produção, estimada em 3,6 milhões de toneladas.

TRENS – A colheita já tem reflexo nos volumes transportados pela Ferroeste. No ano passado, a empresa investiu R$ 4 milhões na compra de cinco locomotivas e 400 vagões graneleiros para fazer frente aos contratos para a safra. “As cinco locomotivas e 320 vagões já estão em operação. Com isso podemos atender a demanda que já existia, mas que não estava sendo atendida. Tivemos uma alta expressiva na movimentação já em janeiro”, diz João Vicente Bresolin Araújo, diretor-presidente da empresa.

Os trens da Ferroeste transportaram 48.040 toneladas de grãos (soja e milho) na sua malha entre Cascavel e Guarapuava em janeiro. O volume, recorde, representou um aumento de 143% sobre o mesmo mês de 2015. “A modernização tem tornado mais atrativo o frete da região Oeste ao porto de Paranaguá”, diz o secretário José Richa Filho. 

O transporte de grãos pela ferrovia chega a ser 20% mais barato do que por rodovia e há um potencial ainda grande para crescimento. A expectativa da Ferroeste é movimentar, até o fim do ano, 1,2 milhão de toneladas de produtos, 65% mais do que em 2015. A maior parte desse volume deve ser de grãos.

EXPORTAÇÃO - Metade da produção de soja no Paraná tem como destino a exportação, principalmente para a China. O Porto de Paranaguá vem investindo em ganhos de produtividade, com instalação de novos equipamentos para dar agilidade ao embarque de grãos. 

No ano passado, o porto investiu R$ 59 milhões para colocar em operação quatro novos shiploaders – equipamentos usados para carregar os navios no Corredor de Exportação. Os equipamentos conseguem carregar com velocidade 33% maior do que os antigos, aumentando o volume de embarque por hora de 1,5 mil toneladas para 2 mil toneladas por hora.

Também está em curso a obra de reforma do cais do porto, que agora está sendo realizada na área do Corredor de Exportação. O projeto vai permitir que todos os berços operem com pelo menos 13,8 metros de profundidade, permitindo navios maiores e um carregamento mais rápido. O investimento é de R$ 89 milhões. 

“Esperamos um ano muito bom. O produtor rural terá a seu favor um câmbio favorável para as exportações e, como aconteceu no final de 2015, um grande volume de grãos produzidos no estado vai continuar saindo pelo Porto de Paranaguá. Para atender este movimento, fizemos uma série de investimentos que dão mais agilidade à logística de embarque dos produtos”, diz Luiz Henrique Dividino, diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). 

Em janeiro, o porto movimentou 1,34 milhão de toneladas de soja, milho e farelo, 34% mais do que no mesmo período do ano passado. Somente os embarques de soja totalizaram 311 mil toneladas, cinco vezes mais do que em janeiro de 2014 (61 mil toneladas).

A programação do porto é de que de fevereiro a abril – pico da safra - devem passar pelo porto 6,5 milhões de toneladas de soja, farelo e milho, cerca de 30% mais do que no mesmo período do ano passado. Desse total serão 4,4 milhões de toneladas de soja em grão, 25% mais na mesma base de comparação. 

RODOVIAS - Estima-se que 56% da produção de grãos seja transportada até o porto por rodovia. O Paraná vem colocando em prática o maior programa de duplicação de estradas nos últimos 25 anos. São 474 quilômetros de rodovias duplicadas, sendo que 74 quilômetros foram entregues, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Logística. Três deles estão situados na BR 277: entre Guarapuava até Distrito de Relógio, o contorno de Campo Largo e a ligação entre Medianeira e Matelândia. Além desses, foi concluído o contorno de Mandaguari, na BR 376. 

O Departamento de Estradas e Rodagem (DER) investiu R$ 300 milhões em novas obras rodoviárias em 2015. Para esse ano, o orçamento do DER foi aumentado para R$ 1,6 bilhão. Em manutenção rodoviária foram R$ 130 milhões no ano passado, montante que deve subir para R$ 404 milhões em 2016. 

DESTAQUE NO SUL - No ano passado, uma pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) apontou a malha do Paraná como a melhor do Sul. Foram avaliados 5.996 quilômetros de rodovias que cortam o Estado. Cerca de 47% das rodovias avaliadas no Paraná estão em ótimas e boas condições e 33,3% são regulares.

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