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Membro da Academia Internacional de Ciências fará abertura do 1º Congresso de Bioenergia de MT

O potencial de Mato Grosso e quais fatores de competitividade devem ser considerados, será uma das questõe apresentadas pelo pesquisador.

Como se deu a geração de energia no mundo e como será sua evolução para os próximos anos? Qual o potencial de Mato Grosso e quais fatores de competitividade devem ser considerados? Essas e outras questões serão apresentadas pelo pesquisador da Embrapa Soja e membro do Painel Internacional de Energia da Academia Internacional de Ciências, Décio Gazzoni, durante a abertura do 1º Congresso de Bioenergia de Mato Grosso e 3º Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central. O Congresso, que é uma realização do Sistema Famato/Senar-MT e Aprosoja, começa no próximo dia 12 e segue até dia 14 de setembro, no Cenarium Rural, em Cuiabá.
 
Com o tema ‘Visão estratégica da energia em termos globais: tendências de mercado, tecnologia e políticas públicas’, Gazzoni, que também é consultor internacional do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Mundial e da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO), fará uma análise do que está ocorrendo com a energia mundial, em especial a energia renovável.  Ele vai abordar três vertentes: mercado, com estatísticas de evolução nos últimos 10, 15 anos e prospecção de futuro; novas tecnologias, como está o avanço tecnológico e ainda as políticas públicas em diferentes países do mundo, apontando o que está sendo feito para apoiar a energia renovável.
 
“Apesar de ser aberto, o mercado de energia é altamente competitivo. Dentro da energia renovável temos a bioeletricidade, mas tem hidráulica, eólica, aquecimento solar, e todas estão disputando o mesmo mercado. O setor de transporte, por exemplo, atualmente é dominado pelo combustível líquido, mas quando vislumbramos os próximos 20 anos, percebemos uma mudança gradual, exemplos como trens, ônibus, carros e caminhões elétricos. A eletricidade começa a tomar conta desse segmento”.
 
Para o pesquisador, a produção de energia pode ser uma grande oportunidade para Mato Grosso. “Os produtores rurais têm se mostrado excelentes empresários e o Estado é um produtor expressivo, podendo ampliar ainda mais devido a sua extensão geográfica, topografia e clima. É preciso considerar o quanto isso pode ser favorável e descobrir novas formas, como ocorre em fazendas fotovoltaicas - áreas que não são propícias para a agricultura, mas que geram energia utilizando a radiação solar. Podemos dizer que Mato Grosso está em uma posição privilegiada em termos de produção de energia”, garante. 
 
Segundo ele, para gerar energia é necessário uma série de fatores, desde o que a natureza fornece até o aporte de capital. “É um investimento com período de maturação prolongado, geralmente em torno de 10, 12 anos para obter o retorno do capital investido, entretanto, é crescente a demanda mundial do mercado comprador. Com boa gestão, políticas públicas adequadas e a devida capacidade de investimento, torna-se um negócio muito atrativo para os produtores de Mato Grosso. Ou seja, as oportunidades vão além da cana e do milho”, aponta.
 
Gazzoni destaca ainda que é fundamental a discussão da geração de energia e, no futuro, a possiblidade de uma integração energética entre os países da América Latina. “O debate de políticas públicas nacionais e entre países como Bolívia, Peru, Argentina e Venezuela garante a adoção de medidas adequadas para apoiar a produção de energia renovável”, enfatiza o pesquisador.
 
A palestra de abertura com Gazzoni ocorrerá no dia 12 (segunda-feira), às 19h. O evento tem continuidade nos dias 13 e 14, no Cenarium Rural. A programação completa pode ser acessada no site: site www.sistemafamato.org.br/bioenergiamt.

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