Mercado da soja pressionado em Chicago
"A soja em grão fechou em queda de 10,50cents/bushel para o contrato de março"
O desapontamento dos Estados Unidos em tentar um acordo comercial com a China depois da disputa travada entre os dois países, junto com o início da colheita na América do Sul acabaram pressionando o mercado na Bolsa de Chicago. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, os futuros da soja voltaram a fechar em queda na terça-feira (15.01).
“A soja em grão fechou em queda de 10,50cents/bushel para o contrato de março a $ 893,25; o farelo fechou em queda de 2,5 pontos a 309,3 e o óleo fechou em queda de 0,16 pontos a 28,24, ambos para o contrato de março. O início da colheita da soja na América do Sul também ajudou a pressionar os mercados, cuja demanda passa a se direcionar para esta parte o Globo”, comentou o especialista.
Segundo Pacheco, mesmo com um relatório favorável do NOPA-National Oilseeds Processors Association, as quedas ainda acorreram e foram consideráveis. . O relatório mensal da NOPA desta manhã indicou que seus membros esmagaram um recorde de dezembro 171.759 mbu de soja, pouco abaixo do segundo maior total mensal recuado em março. Isso foi 2,87% maior que novembro e 3,28% acima de dezembro de 2017, superando as expectativas de 170,016 mbu.
“Os estoques de óleo de soja estavam em 1.498 bilhões de libras, um pouco acima do mês anterior, mas recuaram 1,33% em relação a dezembro de 2017 e menores do que a maioria das estimativas de comércio. O dólar registrou forte elevação ante o real nesta terça-feira, monitorando o comportamento externo da divisa norte-americana na expectativa pela votação do Brexit no Parlamento do Reino Unido e após dados mais fracos do que o esperado dos preços ao produtor nos Estados Unidos”, conclui.
