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Mercado de sementes forrageiras segue aquecido nesta safra

atores como a redução de área de plantio de brachiarias e aumento da integração lavoura-pecuária são aspectos que ajudam o bom momento do setor


Maior exportador de sementes de forrageiras do mundo, o Brasil terá o mercado aquecido nesta safra já que a demanda será mantida em função da necessidade que os pecuaristas têm enfrentado como a falta de pastagem disponível. De acordo com o produtor Pierre Patriat, a projeção para esta safra – que começa a ser colhida a partir de maio – é de que a produção alcance 70 mil toneladas de sementes, plantadas em 130 mil hectares.

Outro ponto favorável para a produção de forrageiras é a adoção da técnica de integração lavoura-pecuária, cada vez mais comum na agricultura brasileira, tornando a demanda crescente tanto para os sementeiros, pois muitos produtores estão ingressando nessa proposta, e ainda há o uso para o controle de nematóide com um preparo do solo diferenciado.

“A torcida agora é que o clima continue sendo favorável aos produtores. Hoje a produção de sementes de forrageiras exige cada vez mais profissionalismo”, afirma Pierre que é sócio proprietário da Santa Rita Sementes.
Outro fator que pesou nessa elevação da procura foi a redução das áreas plantadas das bachiarias, devido à falta de terra para o plantio por conta da demanda por soja, algodão e milho. Bahia e Goiás que são grandes produtores de bachiarias também viram essa cultura ser substituídas por outras. Estima-se que a redução de área tenha sido de 20% no país.

“Em compensação houve aumento na área plantada da cultivar “Panicum maximum” em duas regiões, São Paulo e Quirinópolis (GO). Ou seja, estamos sendo apoiados por muito equilíbrio nessas últimas safras”, explica Patriat.
Mas esse bom momento veio somente após um susto enfrentado pelo setor. Na safra passada, a expectativa era das melhores, no entanto, um período chuvoso entre os meses de maio e junho fez com que a produtividade das forrageiras não atingisse os patamares esperados especialmente com cultivares como Panicum maximum (entre elas Mombaça, Tanzânia e o Massai).

Com isso, o preço das sementes se manteve em alta e fez com os sementeiros vissem uma elevação de 50% no valor da tonelada entre março de 2012 e março deste ano.

Com alto investimento em pesquisa, o país se destaca como exportador de sementes tropicais de forrageiras chegando a uma média de 10 mil toneladas exportadas, número que deverá ser mantido nesta temporada. A Unipasto juntamente com a Embrapa tem fomentado a pesquisa para novas cultivares. 

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