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Mercado do boi apresentará recuperação em Mato Grosso

Preço da arroba do boi em dezembro deste ano deverá ficar abaixo de R$ 61


Diário Regional - O setor da pecuária de corte em Mato Grosso, vive a expectativa de recuperação parcial no preço da carne diante do chamado “gap” de oferta, ou seja, o espaço de tempo em que há um “vazio” no mercado entre o fim do boi de confinamento e o início da venda do boi criado a pasto.

A previsão é que a situação (o gap) aconteça justamente no período em que a demanda pelo produto tem uma forte pressão com as festas de final de ano -confraternização nas empresas, Natal, Ano Novo e férias- e, mais dinheiro em circulação com o pagamento do 13º salário.

Em dezembro, segundo o coordenador da Central de Comercialização de Bovinos (CentroBoi) da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Luciano Vacari, a oferta do boi pronto para o abate, pode sofrer uma queda acentuada.

Ele explica ainda que, o boi criado em confinamento está praticamente acabando e que o estoque do gado vendido através de “contrato de termo” (venda antecipada com preço e data de entrega pré-fixadas) também está no fim.

“Os frigoríficos estão abatendo o que ainda resta da escala. Depois disso, certamente, entraremos num período de oferta reduzida já que, com a estiagem que está ocorrendo, a pastagem não conseguiu se recuperar e não há boi de pasto pronto para o mercado” afirmou.

A situação é idêntica no Estado de Goiás, onde os frigoríficos já estão com escalas de abate bastante curtas em função da diminuição da oferta do produto, fator que também influencia no mercado da carne de Mato Grosso.

Além disso, Vacari lembra que o índice de aumento em dezembro não deve atingir o mesmo patamar registrado na entressafra, quando o preço da arroba do boi chegou a R$ 61.

Valor que em dois meses teve uma queda significativa no mercado em função do excesso de oferta do gado confinado, comercializado mais cedo do que se esperava, já que a chuva, este ano, chegou um mês antes.

Portanto, na avaliação de Luciano Vacari, os poucos pecuaristas, que ainda têm gado para ser comercializado, deverão colocar o pé no freio aguardando o melhor momento para fechar negócio com os frigoríficos.

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