Se prevalecerem as análises positivas de aceleração da economia, o mercado de leite deverá crescer 4% em 2004, previu o presidente da Associação Brasileira de Leite Longa Vida, Almir Meirelles, em palestra na feira Agromix, em Porto Alegre. O consumo per capita deve passar dos atuais 124 litros para 127 litros, mas ainda ficará bem abaixo dos 135 litros de 1996, ano da edição do Plano Real, quando o crescimento foi de 12% em relação ao ano anterior.
A análise leva em conta um PIB de 3,5% no próximo ano, inflação controlada entre 5% e 6%, redução das taxas de juros e, particularmente, a unificação dos programas de distribuição de renda, que tendem a ampliar o mercado de produtos alimentícios, entre eles leite, queijo e demais produtos lácteos. As importações de leite em pó vêm caindo gradativamente, favorecendo o mercado interno.
Em 1995 o Brasil importou 2,8 milhões de litros e, em 2002, apenas 900 mil. A soma da produção formal com a importação de leite, gera 28% de queijo, 28% de fluido UTH, 22% em pó, 10% de manteiga e 10% de outros produtos. O Brasil é o sétimo produtor mundial, com 20,5 bilhões de litros. Os Estados Unidos figuram em primeiro lugar com 75 bilhões de litros. A produção per capita brasileira, de 119 litros, é inferior ao consumo, daí a necessidade de importação do produto para fazer frente à demanda.