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Mercado do milho sem perspectiva de melhora

As lucratividades, por enquanto, ainda estão muito boas, apotna T&F


No momento atual, os preços do milho estão desagradando tanto vendedores, como compradores no mercado de milho. Mas, nesta briga, não há nenhum sinal de reação do mercado a curto ou médio prazos. A avaliação é do analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.

Segundo ele, os vendedores não querem negociar porque os preços caíram e porque acreditam que, usando a mesma estratégia que vinham usando durante toda a temporada, a de reter o produto, provocam alta nos preços. “As lucratividades, por enquanto, ainda estão muito boas”, ressalva ele. 

“Já os compradores preferem usar os estoques disponíveis (que tem nos armazéns, ou de contratos na gaveta), para esperar a entrada da safra de verão, que se aproxima a passos largos e que deverá trazer consigo preços menores ainda. Para acentuar a parada dos negócios está a indefinição dos fretes, que aumenta significativamente um dos maiores custos do milho tributado, mais uma razão para os compradores se ausentarem do mercado”, acrescenta.

Ainda de acordo com Pacheco, esta parada tem feito os preços caírem lentamente nas últimas quatro semanas, período em que caíram de R$ 45,00 para RF$ 37,00/saca, segundo os índices médios do Cepea. Com isto, se estabelece uma queda de braço, para ver quem “precisa” primeiro: se o comprador ou o vendedor. 
 
“O avanço das colheitas de inverno e a da dificuldade para escoar e/ou estocar os grãos são os pontos-chave para o excedente no mercado interno. A indefinição dos fretes também não incentiva a originação das lavouras no interior do país para os portos e, assim, o que vai sendo colhido, ao menos por hora, precisa ser vendido de bate-pronto”, conclui. 

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