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Mercado do Porto é o local onde boa parte da produção agrícola de MT chega a sociedade


Mercado do Porto é o local onde boa parte da produção agrícola de MT chega a sociedade

O campo luta para abastecer a cidade e é importante que a vitrine onde estes produtos sejam expostos para chegar com qualidade ao consumidor final. Em Cuiabá este local chama-se Mercado Varejista “Antonio Moisés Nadaf”, mais conhecido como Mercado do Porto, e recebe, aos finais de semana, cinco mil pessoas, resultando em cerca de 700 carros estacionados por hora. Além de ser considerado um dos dez melhores mercados do Brasil, o estabelecimento é um dos sete pontos turísticos da capital mato-grossense. A coordenadora do Mercado do Porto, Rosilma Tibaldi, 49, relata que, antes, não via a entrada de 300 carros por dia e, hoje, aos finais de semana, conta com uma parcela maior da população. “O reconhecimento aumentou e houve a diversificação na classe social de visitas”, descreve. O comércio possui sete setores com pescado, hortifrutis, açougues, queijos e doces, lanchonetes, cereais, entre outros. O total acumula 800 feirantes que trabalham das 4h às 18h30.

Thyara de Souza, 23, conta que desde os dez anos de idade acompanha a mãe e a avó e que foi educada a comprar verduras e frutas na feira pela qualidade e variedade de produtos.Para a feirante Evanira Santos, 39, o interessante da feira é a aproximação entre cliente e vendedor. “Tem gente que vem aqui só para conversar comigo e acaba comprando”, diz. Um dos mais antigos feirantes do Mercado do Porto é o senhor Manoel Antonio de Carvalho, conhecido como Baiano. Em sua jornada como vendedor de peixe, 35 anos são dedicados ao Mercado do Porto.“Vendo sempre pintados, pacus, piraputangas e matrinxãs”, detalha. Segundo Baiano, a data do Dia dos Pais aumenta a venda dos pintados.

HISTÓRIA
Com o crescimento da capital e da clientela, diversos comerciantes passaram a frequentar o lugar e a pacata feira - que antigamente se encontrava no largo em frente ao Arsenal da Guerra - se tornou um local insalubre pela falta de espaços.

O comércio contava, na época, com 483 feirantes, entre eles, atacadistas, varejistas e produtores totalmente desorganizados. O impasse causava problemas como o crescimento da prostituição, tráfico de drogas, falta de higiene, infraestrutura inadequada, propagação de doenças transmissíveis por ratos e insetos. Pelo ambiente insalubre da feira exigia-se da administração pública a retirada para um espaço mais apropriado. A transferência fez parte de um processo de reurbanização do bairro do Porto, que começou em maio de 1993, a partir de protocolo de intenções assinado pela Prefeitura de Cuiabá e as entidades representativas da comunidade da feira.

Com localização na avenida Oito de Abril, nº 143, desde 1994, o edifício constitui-se em importante marco de referência da vida cuiabana, não só do tradicional Bairro do Porto, como para toda a cidade e populares da região ribeirinha. Conforme o feirante Carlos Gonçalves, 41, a feira necessita, agora, de uma ampliação no estacionamento. Quanto os benefícios para o consumidor, ele fala que “nas bancas da feira, o cliente sempre tem mais variedades do que se encontra em supermercados”.

Existe parceria com a Polícia Militar para garantir a segurança dos feirantes e dos comerciantes. Há atividades sociais com os feirantes, como eventos, cenários para revistas de moda e ainda um projeto para transformar o local em um agroshopping com o funcionamento de 24h com farmácia, correio, petshop, lotérica, área de lazer. O local foi construído pela Companhia de Pro-gresso e Desenvolvimento da Capital (Prodecap) que ficou conhecido popularmente como “Campo do Bode”, porque antigamente tinha um senhor que criava bodes, no campo ao lado e virou tradição.

Mais informações pelo site www.merca¬dodoportocuiaba.com.br.

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