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Mercado sucroalcooleiro enfrenta preços baixos

Pressionado também pelas estimativas de safra em baixa, setor chega ao seu ponto crítico


Pressionado também pelas estimativas de safra em baixa, setor chega ao seu ponto crítico

O mercado de açúcar continua sua trajetória de baixa, com descontos enormes desde a última alta em fevereiro, deteriorando os spreads, que é a diferença entre os preços de compra e venda de um mesmo contrato, em meses de vencimento diferentes.

“Essa situação deve indicar que os hedges (proteção das operações financeiras realizadas) foram rolados para os vencimentos seguintes e que o início da safra deverá pressionar os preços, ainda que tudo fique dentro do normal em relação ao clima”, avalia Arnaldo Corrêa, gestor de riscos e diretor da Archer Consulting – empresa especializada em gestão de risco em commodities agrícolas.

Ainda de acordo com sua avaliação, esse cenário traz algumas preocupações para o setor. “Uma delas é que os fundos não conseguem dar suporte ao mercado com esses níveis tão baixos; assim como a falta de liquidez no mercado, já que as usinas estão bem fixadas, entre outras situações”, comenta.

Com tudo isso, o setor ainda enfrenta outras questões mais práticas. As condições financeiras de 1/3 das usinas, somado à falta de planejamento e má gestão colocam em dúvida se a região do Centro-Sul conseguirá moer as 512 milhões de toneladas previstas inicialmente.

“Apenas para fazer um paralelo, caso a produção de 2012/2013 tiver uma queda para 495 milhões de toneladas (para usar os números do ano passado), teríamos uma redução da oferta de açúcar em 1,1 milhão de toneladas e 700 milhões de litros de etanol. Com uma base tão baixa, o crescimento para da safra 2013/2014 já fica em xeque”, acredita Arnaldo.

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