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Mercado sucroalcooleiro mantém a atratividade dos preços

"Vale a pena começar a apontar os lápis e fazer fixações", diz o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Correa


Fala-se cada vez mais de quebra de safra no Brasil, já que muitas estimativas sugerem uma moagem abaixo de 570 milhões de toneladas. A Archer Consulting, empresa focada em gestão de riscos, aponta para estimativas que chegam a de 578,81 milhões de toneladas no início de agosto.

De acordo com Arnaldo Luiz Correa, diretor da Archer Consulting, os preços do açúcar negociados no mercado internacional para o próximo ano começam a ficar extremamente atrativos para as usinas. "Vale a pena começar a apontar os lápis e fazer fixações. Mesmo sem contar com nenhum prêmio, baseando-se nos fechamentos do mercado e do câmbio, a liquidação para as usinas apresenta uma média de R$ 31,54 por saca-posto-usina, comparada com um custo médio de produção de R$ 27,20 por saca", explica ele.

Somando a isso, o açúcar no mercado interno chegou perto dos R$ 50,00 por saca. "Isso para desespero dos industriais que não fizeram nenhuma proteção contra a subida dos preços. Não dá para adivinhar, claro. Mas, por isso mesmo que a proteção deve ser feita: porque não dá para adivinhar", ensina Arnaldo.

Já para o etanol, os cenários estimados demonstram acirramento na produção. "Estimativas de mercado trabalham com um número de produção brasileira de cana para a safra 2014/2015 de 815 milhões de toneladas, comparativamente à necessidade estimada, pela Archer Consulting, de 897 milhões de toneladas", comenta o gestor de riscos.

Segundo, Arnaldo, para produção atender a demanda, que conta com a expansão do consumo do hidratado via carros flex, do aumento dos alcóois para outros fins em 2,2 bilhões de litros e, entre outras coisas, da manutenção da fatia de participação no mercado internacional de açúcar, o Brasil teria que crescer 10,72% ao ano, demandando um investimento médio próximo de 8 bilhões de dólares ao ano.

"Para um setor que fatura US$ 30 bilhões por ano, 8 bilhões representam mais de uma quarta parte desse montante. Muitos não acreditam que o objetivo será alcançado. Por isso, acredito em algumas opções, como a queda do consumo via aumento de preço do combustível; a importação de etanol; ou ainda a implantação imediata de estoques reguladores", sugere.

As informações são da Archer Consulting.

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