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Mercados agrícolas atraem investidores financeiros

Setor rural agora é parte da estratégia de planejamento das corretoras de mercadorias


Setor rural agora é parte da estratégia de planejamento das corretoras de mercadorias. A atratividade dos mercados agrícolas está chamando a atenção dos agentes que operam no mercado financeiro. Mas a recíproca é válida: os operadores do mercado agrícola também estão utilizando mais instrumentos financeiros, principalmente os de câmbio, devido à participação cada vez mais sólida do agronegócio brasileiro no comércio exterior.

Para unir os dois mercados, duas importantes corretoras decidiram juntar forças para atender às necessidades de seus clientes. A Aplicação Corretora de Mercadorias, de São Paulo, e a Prosper Corretora de Mercadorias, do Rio de Janeiro, anunciaram a fusão e a criação de uma única corretora, que passa a se chamar Prosper Aplicação Corretora de Mercadorias. "Tínhamos o interesse de voltar para São Paulo e fortalecer nossa atuação no mercado de commodities agrícolas. Com isso, encontramos na Aplicação o parceiro ideal, com experiência e credibilidade no mercado", afirma Sérgio Berardi, ex-presidente da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), contratado para coordenar os trabalhos de mudança do Prosper para São Paulo.

A nova corretora unirá os 150 clientes da Aplicação aos 2 mil da Prosper, formando um patrimônio estimado de R$ 5 milhões. "Atualmente, 95% dos clientes da Aplicação são pessoas jurídicas, não-financeiras, diferente da maioria dos clientes da Prosper, em que 95% são pessoas jurídicas financeiras", afirma Aires Funes, diretor da Aplicação, que se manterá também à frente da nova empresa, que passa a operar a partir de junho.

A estratégia da nova empresa é oferecer um leque maior de produtos para os clientes, tanto financeiros quanto agrícolas, e também buscar novas fronteiras de atuação. Uma das metas é abrir escritórios no exterior, com objetivo de trazer para a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) agentes interessados em operar nos mercados nacionais. "Ainda não sabemos quando isso acontecerá, mas nossa porta de entrada, sem dúvida, seria por Nova York", diz Funes.

Novas regras

Mais do que uma estratégia, a fusão das corretoras vai atender às determinações que a BM&F impôs aos seus associados. A bolsa pretende fortalecer o setor de intermediação e uma das regras diz respeito ao valor mínimo de capital de giro próprio das corretoras.

Para as corretoras que cumprirem as novas exigências até o final de junho, o capital de giro mínimo será de R$ 750 mil. Já para quem se adequar às regras entre junho e dezembro, o valor determinado pela bolsa é de R$ 1,5 milhão. Já para quem atender às exigências até junho de 2006, terá que comprovar capital de giro mínimo de R$ 2,5 milhões.

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