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Mercosul marcará posição para proteger suas indústrias na Alca


O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou que o Mercosul não apresentou uma oferta ridícula para a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), mas uma proposta que servirá como ponto de partida para as negociações. O chanceler confirmou ainda que o bloco econômico sul-americano impôs condições para a liberalização de seu comércio de bens. Uma delas é a cláusula de proteção ao setores industriais nascentes. A outra é a permissão para a imposição de barreiras protecionistas temporárias no comércio regional, em caso de rombo no balanço de pagamentos.

A proposta do Mercosul, disse Amorim, prevê a liberalização, em prazo máximo de dez anos a partir da assinatura do acordo final, de uma parcela equivalente a 36% das importações efetuadas pelo bloco entre 1998 e 2000. A comparação com o volume de comércio nesse período é o parâmetro que vem sendo aplicado nessas negociações. Os 64% restantes, segundo o chanceler, serão liberalizados em prazos superiores a dez anos e ainda não estão definidos. Isso significa que, embora o Mercosul tenha ressaltado que vai incluir todo o seu universo tarifário nas regras da Alca, pretende começar a negociação para valer tratando a maior parte de seu comércio como sensível .

Em princípio, essa decisão indica que o Mercosul adotou uma atitude ainda mais conservadora que a dos Estados Unidos ao apresentar sua oferta de liberalização do comércio. Na semana passada, o representante americano para o Comércio, Robert Zoellick, indicou que a abertura em dez anos alcançaria 56% e ainda assinalou que setor têxtil o segundo mais protegido do mundo terá suas alíquotas de importação reduzidas a zero assim que o acordo final for assinado.

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