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Merial retoma operação no segmento de suínos no Brasil

Aditivos e antibióticos ainda representam cerca de 50% do mercado voltado a suínos


A multinacional Merial, que lidera o segmento de saúde animal no Brasil, decidiu voltar a apostar no mercado de produtos veterinários para suínos no país, do qual está ausente há quatro anos.

O retorno está programado para agosto e se dará na área de vacinas, na qual o portfólio já tem reforços garantidos até o primeiro trimestre de 2008. Antes de sair, a empresa atuava com aditivos no ramo de suínos.

De acordo com Marcelo Alejandro Bulman, diretor de operações de grandes animais do braço brasileiro da Merial, aditivos e antibióticos ainda representam cerca de 50% do mercado de produtos de saúde animal voltados a suínos no país - ante fatia de 35% da parte biológica, que inclui as vacinas -, mas para esta frente não há planos de retomada das operações.

Conforme Bulman, no passado o faturamento da Merial com suínos ficou muito concentrado em apenas um produto. Em parte porque ele perdeu apelo, a companhia desistiu da operação. Agora, disse, a demanda por produtos veterinários para esses animais vem crescendo mais do que o avanço médio do mercado e esse comportamento estimulou a renovação da aposta da empresa. Ele realçou, ainda, que a Merial mantém forte atuação no mercado voltado para suínos na Europa.

No primeiro semestre deste ano, afirmou o executivo citando dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), o segmento em geral cresceu 6% em relação ao mesmo período de 2006 e faturou cerca de R$ 1,1 bilhão. Já as vendas de produtos para suínos aumentaram 17% no intervalo e passaram a representar 12% do bolo total.

A participação dos suínos no faturamento da Merial no país nunca chegou a superar 5%, mas com o retorno a meta é que essa participação alcance 10%. Em 2006, quando a empresa faturou R$ 263 milhões no Brasil, os ruminantes - puxados pelos bovinos - responderam por 65% das vendas, enquanto as aves ficaram com 13% e os animais de companhia, com os 22% restantes. No ano passado, o ramo que cresceu mais para a empresa no Brasil foi o de pequenos animais. O salto foi de 11%, enquanto a área de grandes animais (sem aftosa) registraram avanço de 5,4% e a avicultura cresceu 4%.

Bulman afirmou que a Merial cresceu mais do que o mercado em geral no primeiro semestre - "tivemos um avanço de dois dígitos, com bons resultados em todas as áreas de atuação" - e que deverá manter o ritmo até o fim do ano.

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