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Mesmo crescendo, agricultura reduziu gases “efeito estufa” e desmatamento

Estudo publicado na revista Nature



Estudo publicado na revista Nature revela que, mesmo com a expansão nos últimos dez anos, a agricultura brasileira reduziu as emissões de gases do efeito estufa e o desmatamento. O trabalho, intitulado “Climate Change”, desmistifica o papel de vilão do agricultor brasileiro, afirma Edivaldo Del Grande, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP). 


Em São Paulo, por exemplo, a expansão da cultura de cana-de-açúcar ocorreu sobre áreas de pastagem. “A mudança de padrão do uso do solo contribuiu para uma redução de 0,9º C na temperatura”, afirma Del grande ao comentar o estudo conduzido pelo professor David Montenegro Lapola, do Departamento de Ecologia da Unesp. 

“O efeito positivo do novo uso do solo, com maior cobertura vegetal, contribuiu para aumentar a evapotranspiração. O fenômeno libera mais água para a atmosfera e ajuda a resfriar o clima local. Quem conhece de perto o setor, sabe do papel fundamental das cooperativas nessa transformação, orientando seus associados e difundindo novas técnicas agrícolas”, explica o dirigente.


Segundo ele, “as mudanças de paradigmas pontuadas na pesquisa são ainda resultados de um novo comportamento do homem do campo, que estamos observando também nas cooperativas paulistas. Um bom e velho ditado popular diz que 'quem planta vento, colhe tempestade'. Frase comum, mas que está incorporada no cotidiano dos nossos produtores, que respeitam o seu local de trabalho e sabem que é da terra, da natureza, que vem o sustento familiar e, por isso, a preocupação com o meio ambiente é essencial para sua sobrevivência”. 

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