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Metodologia da Assistência Técnica e Gerencial do SENAR deve ser única em todo País

Afirma secretário executivo da entidade durante abertura do 2º Fórum da ATeG


“É importante termos uma metodologia única de Assistência Técnica e Gerencial em todo o País. O SENAR tomou uma decisão acertada de colocar a Assistência Técnica como uma das ações prioritárias a nível nacional. Mas, a partir da execução nos estados, percebemos a necessidade de ajustar a metodologia e os documentos norteadores para termos um padrão nacional para os estados que quiserem participar dessa missão”, afirma o secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara, na abertura do 2º Fórum da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) nesta segunda-feira (21). “Assistência Técnica e Gerencial é o futuro do setor rural e da nossa instituição”, ressalta. 

O evento acontece na sede do Sistema CNA/SENAR, em Brasília, e recebe hoje e amanhã (22) coordenadores e supervisores de ATeG das Administrações Regionais para debate e realinhamento das ações para 2017.  

Um exemplo de ajuste na metodologia de ATeG, pontua Carrara, é a formação do técnico de campo que assiste ao produtor rural. “Inicialmente priorizamos o técnico de nível médio, mas estamos revendo essa questão e estudando a possibilidade desses profissionais passarem a ser de nível superior.” Para o próximo ano, as expectativas são de boas parcerias para a Assistência Técnica, acredita Daniel Carrara. “O SENAR se colocou para os parceiros como o único que tem a capilaridade para assumir essa missão de levar Assistência Técnica aos produtores rurais. Temos sido muito procurados por parceiros para fazer esse trabalho em conjunto e acredito que no próximo ano o Brasil estará numa situação econômica melhor e nós do SENAR estaremos preparados para os desafios que surgirem.”

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo do SENAR, João Martins, prestigiou o evento e destacou a importância da Assistência Técnica e Gerencial do SENAR. “Apesar das diferenças regionais e estaduais, é possível adequar a metodologia da Assistência Técnica e Gerencial à realidade de cada estado para melhor atender o produtor rural. A ATeG do SENAR é um divisor de águas e um caminho sem volta.” 

O coordenador da Assistência Técnica e Gerencial do SENAR, Matheus Ferreira, afirma que o fórum é o momento de avaliar em conjunto com as Regionais o que está dando certo e errado na metodologia da ATeG. “Vamos trocar experiências, apresentar resultados e fazer o nivelamento técnico-metodológico dos coordenadores e supervisores. Nossa ideia é que as Regionais exponham suas dificuldades na execução da ATeG para buscarmos a solução em conjunto. Se precisamos, vamos fazer mudanças seja na metodologia ou nos documentos norteadores. Queremos fortalecer a estrutura da Assistência Técnica e Gerencial das Administrações Regionais para realizarmos novos projetos em 2017.”

Além dos debates, o 2º Fórum de ATeG terá dois painéis para apresentação de cases das Administrações Regionais e palestras sobre temas ligados à Assistência Técnica como a do pesquisador da Embrapa, Eduardo Assad: Agropecuária resiliente, eficiente e multifuncional, o papel da pesquisa e da extensão rural. Segundo o pesquisador, a assistência técnica é o caminho para se levar pesquisa ao produtor rural. “O calcanhar de Aquiles da agropecuária brasileira é a assistência técnica. Estamos indo muito bem em termos de pesquisa, conhecimento, ciência, agricultura tropical. Mas quando você sai do papel e vai para o campo começam os problemas. Precisamos ultrapassar as barreiras e transformá-las em portas abertas para avançarmos com a assistência técnica. O Brasil está conseguindo fazer isso mesmo que de forma lenta e o SENAR está à frente disso, fazendo assistência técnica com resiliência”, garante. 

De acordo com o pesquisador, para que o País seja resiliente e eficiente é necessário fortalecer a agricultura de baixa emissão de carbono, fazer melhoramento genético e monitorar mais a agricultura. “Crescimento e sustentabilidade não são conceitos antagonistas, mas complementares. A transformação do País acontecerá pela agricultura, mas precisamos mostrar o que fazemos e levar esse conhecimento a quem realmente precisa.”

Nesta terça-feira, 22, segundo dia do evento, os participantes vão contar com uma palestra do pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), José Mário Lobo, sobre a metodologia Indicadores de Sustentabilidade em Agrossistemas (ISA), ferramenta utilizada pela Assistência Técnica do SENAR, e com o painel Resultados e Experiências dos Projetos de ATeG dos estados do Espírito Santo, Santa Catarina, Maranhão e Tocantins.

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