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MG: mulheres inauguram feira livre em assentamento do Triângulo Mineiro

Feira será realizada quinzenalmente, aos sábados


Foto: Divulgação

Uma feira livre será inaugurada no próximo sábado (20/11), às 10 horas, dentro do Projeto de Assentamento Perobas Sanharão, em Campina Verde, no Triângulo Mineiro. O Projeto tem 158 famílias assentadas e é um dos 12 projetos de assentamentos de reforma agrária criados pelo Instituto de Reforma Agrária (INCRA) no município. A proposta da feira é atender as famílias do próprio assentamento, além de dois outros assentamentos próximos e fazendas vizinhas, oferecendo não só produtos frescos como atrações para os adultos e crianças. 

A organização da feira está sendo feita pelo Círculo de Mulheres do Sanharão e pela Emater-MG, tendo como parceiros a Secretaria Municipal de Agricultura e o Instituto Federal Tecnológico do Triângulo Mineiro (IFTM). “O círculo de mulheres busca trabalhar o empoderamento feminino, por meio ferramentas de autodesenvolvimento, e também criar uma fonte de geração de renda para elas, e daí surgiu o projeto de implantação da feira”, conta a extensionista da Emater-MG Márcia Barbosa.

O grupo acredita que a implantação da feira da agricultura familiar dentro do assentamento é uma iniciativa muito viável. Além da quantidade expressiva de famílias no local, também há dois assentamentos vizinhos e várias fazendas ao redor. O assentamento ainda é cortado pela rodovia federal BR-497. Inicialmente, a proposta é promover a feira, quinzenalmente, sempre aos sábados, das 9 às 18 horas, no Barracão da entrada do assentamento. O Barracão é um espaço comunitário e de uso coletivo.

Transformação social

Os produtos comercializados serão hortaliças, pimentas, frutas, doces (compota, barra, cristalizados, geleias), pães, bolos, bolachas, roscas, carne suína, linguiças, frangos, ovos, queijos, artesanatos. Na praça de alimentação, serão vendidos pastéis, espetinhos, galinhada, porcada e bebidas. Além de um cardápio variado, outra atração da feira será o pula-pula para as crianças. “A grande maioria dos assentados trabalha na bovinocultura leiteira e, com isso, muitas famílias não produzem hortaliças e frutas. Elas compram muito desses produtos fora do assentamento ou de vizinhos. A feira vai fazer o dinheiro circular no próprio assentamento”, explica Márcia Barbosa.

Além de promover o desenvolvimento sustentável local e ser um atrativo de lazer para a comunidade, a feira vai estimular a produção e o escoamento da produção das famílias de assentados, estimular a comercialização e promover a diversificação da produção no assentamento.

“Um benefício que eu vejo, até maior que a circulação de dinheiro no local, é que as mulheres da comunidade, que antes não tinham renda nenhuma e eram muitos tímidas, hoje já tem voz para falar. Elas agora conseguem fazer valer seus pontos de vistas, inclusive nos relacionamentos com os maridos e passaram a acreditar que são capazes e podem fazer vários projetos”, acrescenta a técnica da Emater-MG.

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