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MG colheu menos café que em 2019

Naquele ano a safra também estava sob efeito da bienalidade negativa


Foto: Pixabay

A safra de café 2021 está finalizada em Minas Gerais e, como já se esperava, houve importante redução no volume final colhido em comparação às últimas temporadas. Conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as condições climáticas irregulares durante o ciclo, com clima mais seco e de temperaturas mais altas, além de incidências pontuais de geadas em certas regiões produtoras, fez com que o potencial produtivo da cultura fosse afetado ainda mais, visto que esse já era um ano de bienalidade negativa.

Somando-se a isso houve uma menor destinação de área para produção do grão, ajudando a perfazer um resultado final de 22.142,3 mil sacas de café beneficiado, sendo 36,1% menor que o volume obtido em 2020 e 9,8% inferior ao total colhido em 2019, que foi a última safra sob o efeito da bienalidade negativa. Desse total mencionado, cerca de 11.751,9 mil sacas de café beneficiado foram obtidos na região sul e centro-oeste de Minas Gerais.

Lá, as condições climáticas durante o ciclo foram oscilantes e, no geral, apresentaram-se desfavoráveis à cultura, especialmente no aspecto pluviométrico, com escassez de chuvas e também com incidências pontuais de geadas já ao final do ciclo. Além disso, os efeitos da bienalidade negativa também potencializaram tal diminuição, demandando maiores níveis energéticos para recuperação vegetativa das plantas que para os parâmetros produtivos. Assim, tal resultado representou redução de 38,6% em relação ao total produzido em 2020 nessa mesma região.

Na região do Cerrado Mineiro, a produção ficou em 4.777,5 mil sacas de café, o que representa uma redução de 20,4% em relação a 2020. A região enfrentou condições climáticas adversas ao longo do ciclo, com escassez de precipitações e temperaturas elevadas, impactando no potencial produtivo da cultura. Além disso, o efeito da bienalidade negativa influenciou diretamente nessa variação prevista.

Na região da Zona da Mata, a produção final foi de 4.919,7 mil sacas de café beneficiado, representando decréscimo de 44% em comparação à temporada passada. Isso se deve, principalmente, ao efeito da bienalidade negativa para esta temporada, além das condições climáticas desfavoráveis em determinados períodos durante o ciclo, com falta de chuvas em fases críticas do desenvolvimento da cultura.

Nas regiões norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri, o volume total colhido foi de 693,2 mil sacas de café beneficiado, valor um pouco inferior às 703,1 mil sacas obtidas em 2020. Vale destacar que parte dessa produção é de café do tipo conilon, espécie que sofre menos efeitos fisiológicos em relação à bienalidade, além de dispor de um bom percentual de lavouras com sistema complementar de irrigação, algo que ameniza o deficit hídrico, principalmente nas fases mais críticas do desenvolvimento da cultura.

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