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MILHO: preços voltam a perder força, diz relatório

Já as perspectivas indicam que, os preços tendem a seguir em patamares elevados em Chicago com as incertezas em relação ao fluxo de produtos vindos da região do Mar negro e também da perspectiva de redução da área ser plantada nos Estados Unidos


Foto: Pixabay

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As cotações do milho em Chicago voltaram a subir no período compreendido entre o início de março e a 2ª semana de abril, com o contrato de vencimento em maio/22 cotado a USD 7,72/bu na 3ª feira (12/abril), alta de 6%. Já, para setembro/22, contrato que ajuda a referenciar a 2ª safra brasileira, a alta foi ainda mais expressiva, de 15%, para USD 7,41/bu.

Apesar de alguns sinais avanço das negociações entre Rússia e Ucrânia que chegaram a influenciar negativamente as cotações, acabou se sobrepondo ao mercado os possíveis impactos da guerra no plantio ucraniano - com grandes dúvidas em relação à área plantada e à disponibilidade plena de insumos - , lembrando que o país é um dos principais exportadores globais do cereal. Além disso, a provável redução da área com milho na safra 22/23 nos Estados Unidos conforme o relatório de intenções de plantio no país também ajudaram a sustentar as cotações na CBOT.

No Brasil, no entanto, os preços voltaram a perder força. No mercado spot, o indicador Esalq/BM&Fbovespa apresentou diminuição de 9% e foi negociado na 3ª feira, 12/abril, a R$ 88,9/sc. Na B3, o contrato com vencimento em setembro/22 reduziu 5% no período e fechou essa 3ªfeira cotado a R$ 88,8/sc. De acordo com a StoneX, espera-se um aumento de 2,5% na safra 2021/2022, quando comparado com as estimativas divulgadas em março, atingindo um valor recorde de 118,6 milhões de toneladas. Apenas a segunda safra, atualmente no valor de 91,9 milhões de toneladas, irá superar a última safra, que totalizou 86,6 milhões de toneladas.

Já as perspectivas indicam que, os preços tendem a seguir em patamares elevados em Chicago com as incertezas em relação ao fluxo de produtos vindos da região do Mar negro e também da perspectiva de redução da área ser plantada nos Estados Unidos. O relatório de intenção de plantio divulgado no final de março indicou que o plantio com o cereal no país alcançará 36,2 milhões de hectares, queda 4,1% sobre 2021.

Diante desse cenário, se fará cada vez mais necessário que os preços sigam firmes para estimular o aumento da produção em outros países e/ou para conter o ímpeto da demanda com vistas a deixar o balanço global um pouco mais confortável. De fato, os nossos exercícios iniciais de projeções para a safra 2022/23 sugerem que a relação entre oferta & demanda tende a seguir bastante apertada.

No Brasil, acreditamos que o espaço para que os preços subam em moeda nacional seja limitado. Além das dúvidas em relação ao comportamento do Real, o aumento da oferta do milho de 1ª safra que ainda estão estocados atrelado às boas condições para o desenvolvimento da safrinha devem estabelecer um teto para as cotações. Adicionalmente, o momento desafiador das margens da indústria de proteína animal no Brasil também tende a reduzir o espaço para novos aumentos de preços.

as informações são do relatório Agro Mensal Itaú.

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