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Milho: Pressão na entressafra


MT, líder na produção do cereal segunda safra, vê as lavouras se desenvolverem e preços caírem

Enquanto os produtores de Mato Grosso cuidam das lavouras do milho segunda safra, se deparam com um cenário, no mínimo, de atenção. Em plena entressafra do cereal no Estado, eles assistem aos preços das cotações caírem semana após semana e, no curto prazo, dependendo do tamanho do que os Estados Unidos vierem a ofertar na nova safra – eles são os maiores produtores mundiais –, o valor do milho que ainda será colhido de maio em diante poderá ser desestimulador e frustrar a expectativa de encerrar a safra 12/13 com uma margem de lucro positiva.


Como aponta o Boletim do Milho do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os preços de milho vêm apresentado quedas nas últimas semanas, fechando o mês de março com queda de 1,8% em relação a fevereiro.

Como explicam os analistas da cadeia de grão do Imea, a boa colheita da safra de verão observada no Sul do Brasil tem aumentado a oferta do cereal no País, e consequentemente, tem sido um dos fatores que forçam a queda de preços. “A isso, soma-se ainda a necessidade de comercialização da safra 12/13 {gigantesca} em Mato Grosso, que tem apresentado ritmo muito lento, favorecendo ainda mais as baixas nas cotações”.

No cenário externo, a Bolsa de Chicago apresentou queda drástica na última quinta-feira, véspera de feriado no Brasil, um reflexo imediato à divulgação do relatório de estoque e de estimativa de plantio emitido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês). Os Estados Unidos estimam plantar uma área de milho equivalente a 39,3 milhões de hectares, sendo essa a maior desde o ano de 1936. Junto a isso, o relatório apresentou que o país conta com grandes estoques de 137,2 milhões de toneladas do cereal. “Embora as quedas nos preços já se anunciem, o momento é de cautela, visto que na região sul do Corn Belt nos EUA a neve e as chuvas intensas têm dificultado o plantio do milho. Fato que pode levar os produtores a desistir de plantar milho em algumas áreas para plantar soja no seu lugar, em meados de junho. O mercado se movimenta, porém deve manter cautela quanto ao clima nos Estados Unidos”.

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