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Milho dos EUA vai atrapalhar exportação brasileira

Brasil vem ganhando espaço no mercado mundial, mas oferta norte-americana é abundante


Foto: Divulgação

O superávit da oferta norte-americana se tornará um competidor direto com o grão para exportação no Brasil, dificultando a manutenção de estimativas brasileiras de exportações anuais acima dos 30 milhões de toneladas. A projeção é da Consultoria ARC Mercosul, que projeta dificuldades para o preço do cereal a frente.

“Nos Estados Unidos, a demanda doméstica pelo milho começa a recuperar, com a volta da produção diária de etanol. O consumo de gasolina (com mistura de etanol) em solo estadunidense voltou para 7,4 milhões de barris por dia, o que ainda é 19% inferior ao mesmo patamar antes do ‘estouro’ do Coronavírus”, apontam os analistas. 

Entretanto, a ARC lembra que o maior uso do etanol está apenas queimando os estoques dos combustíveis, uma vez que as plantas processadoras do milho ainda continuam fechadas: “A produção diária de etanol nos Estados Unidos ainda é 41% inferior ao mesmo período de 2019. É indiscutível que o mercado norte-americano sofrerá um acréscimo agressivo da disponibilidade de milho nestes próximos meses - situação esta que se intensifica com uma produção projetada de 406,29 milhões de toneladas para a atual safra que está em pleno plantio”.

HISTÓRICO

Por outro lado, a T&F Consultoria Agroeconômica aponta que o Brasil aumentou a sua participação de 9% para 21% na exportação de milho mundial. O desempenho foi apurado pelo parceiro da T&F Pablo Fraga, que está baseado na cidade de Rosário, Argentina. A maior perda foi dos Estados Unidos, que recuou de 53% para 30% sua participação nas vendas externas globais.

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